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Advocacia pela inclusão: pacientes oncológicos e seus direitos

  • Ronaldo Piber
  • 13 de mar.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 14 de mar.


Por Ronaldo Piber*


Prezados leitores,


Nesta edição, abordaremos um tema de extrema relevância: os direitos dos pacientes oncológicos, com foco na comunidade LGBTQIA+. Embora a legislação assegure tratamento igualitário, sabemos que a discriminação e o preconceito ainda são obstáculos a serem superados.


Direitos assegurados

A Constituição Federal garante o direito à saúde e à dignidade da pessoa humana. A Lei nº 8.080/90, que institui o Sistema Único de Saúde (SUS), estabelece que o acesso à saúde é um direito de todos e dever do Estado.


A Lei nº 12.732/12, conhecida como a Lei dos 60 dias, determina que o paciente com câncer tem o direito de iniciar o tratamento em até 60 dias após o diagnóstico.


A Portaria nº 2.521/13, do Ministério da Saúde, dispõe sobre a Política Nacional de Atenção Oncológica, que visa garantir o acesso integral aos serviços de saúde, desde a prevenção até os cuidados paliativos.


Comunidade LGBTQIA+

A comunidade LGBTQIA+ enfrenta desafios adicionais no acesso à saúde, como a discriminação e o preconceito. É fundamental que os profissionais de saúde estejam preparados para atender às necessidades específicas dessa população, com respeito e empatia.


O Decreto nº 8.785/16, que regulamenta o Estatuto da Pessoa com Deficiência, assegura o direito à igualdade de oportunidades e ao tratamento não discriminatório.


A Resolução nº 1/99, do Conselho Nacional de Combate à Discriminação, estabelece que a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero é crime.


Ações afirmativas

É preciso que a sociedade e o poder público se mobilizem para garantir o acesso à saúde e o tratamento igualitário aos pacientes oncológicos, especialmente à comunidade LGBTQIA+.


É importante que as entidades da sociedade civil e os movimentos sociais atuem na defesa dos direitos dos pacientes com câncer, promovendo ações de conscientização e de combate à discriminação.


Direitos específicos

Além dos direitos já mencionados, os pacientes oncológicos, incluindo os da comunidade LGBTQIA+, têm acesso a outros benefícios, como:

  • PIS/Pasep: Saque em caso de doença grave (Lei nº 8.036/90).

  • Isenção de IPI, ICMS e IPVA: Na compra de veículos adaptados (Leis nº 8.989/95 e 10.690/03).

  • Dispensa do rodízio de automóveis: Na cidade de São Paulo (Lei nº 12.480/97).

  • Quitação de financiamento de imóvel: Pelo Sistema Financeiro de Habitação, em caso de invalidez ou morte (Lei nº 4.380/64).

  • Tratamento fora do domicílio (TFD): Garantido pelo SUS, em caso de necessidade (Portaria nº 55/99).

  • Medicamentos de alto custo: Fornecidos pelo SUS, mediante protocolo clínico (Portaria nº 2.982/09).

  • Saque do FGTS: Em caso de doença grave (Lei nº 8.036/90).

  • Auxílio-doença: Pago pelo INSS, em caso de incapacidade temporária para o trabalho (Lei nº 8.213/91).

  • Benefício de Prestação Continuada (BPC): Para pessoas com deficiência e idosos em situação de pobreza (Lei nº 8.742/93).

  • Transporte coletivo urbano gratuito: Em algumas cidades, para pacientes com necessidades especiais (Leis municipais).

  • Isenção de Imposto de Renda na Aposentadoria: Para portadores de doenças graves (Lei nº 7.713/88).

  • Aposentadoria por invalidez: Pago pelo INSS, em caso de incapacidade permanente para o trabalho (Lei nº 8.213/91).

  • Assistência permanente: Auxílio para custear despesas com cuidadores, em caso de necessidade (Lei nº 8.213/91).

  • Cirurgia de reconstrução mamária: Direito de todas as mulheres que tiveram câncer de mama (Lei nº 12.802/13).

  • Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) presencial: Direito de todos os consumidores, inclusive pacientes oncológicos (Decreto nº 6.523/08).

  • Andamento judiciário prioritário: Em processos que envolvam pacientes com doenças graves (Lei nº 12.013/09).

  • Prioridade de atendimento: Em estabelecimentos comerciais e bancários (Leis estaduais e municipais).

  • Seguro de vida e previdência privada: Benefícios adicionais que podem ser recebidos, de acordo com os contratos.


Considerações finais

A luta contra o câncer é árdua e desafiadora. É preciso que os pacientes oncológicos, especialmente os da comunidade LGBTQIA+, tenham seus direitos assegurados e que recebam o tratamento adequado, com respeito e dignidade.


Agradeço a sua leitura e convido você a se juntar a nós nesta causa.


Até a próxima!


*Ronaldo Piber

Advogado e colunista do Jornal Pimenta Rosa

 
 
 

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