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Casa Cores inaugura nova Cozinha Solidária em novembro durante a Semana do Orgulho LGBTQIA+ em Petrolina

Foto do escritor: Pimenta RosaPimenta Rosa

Primeira instituição no Brasil a integrar os projetos Acolher+ e Cozinha Solidária, Casa Cores ampliará sua oferta de alimentação gratuita, triplicando o número de refeições servidas, que passará de 90 por mês para cerca de 270.


A inauguração oficial da nova cozinha da Casa Cores, em Petrolina (PE), está prevista para novembro, durante a Semana do Orgulho LGBTQIA+. A instituição, que atua no acolhimento da população LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade, será a primeira no Brasil a integrar os programas Acolher+ e Cozinha Solidária, ambos desenvolvidos pelo governo federal para promover segurança alimentar e cidadania.


A Casa Cores, uma das 12 organizações brasileiras contempladas pelo projeto Acolher+, coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), já oferece assistência psicossocial e refeições para a comunidade local. Com a adesão ao Cozinha Solidária, iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome (MDS), a instituição ampliará sua oferta de alimentação gratuita, triplicando o número de refeições servidas, que passará de 90 por mês para cerca de 270. A expectativa é que, com a nova cozinha, os atendimentos aconteçam até cinco dias por semana.


A adesão ao Cozinha Solidária ocorre em um momento crucial para a população LGBTQIA+, que enfrenta elevados índices de insegurança alimentar e exclusão social, especialmente entre aqueles que foram expulsos de casa ou abandonados por suas famílias. Symmy Larrat, secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, destaca a importância dessa iniciativa:


'Esse projeto tem um impacto direto na vida das pessoas. A cozinha não apenas garante alimentação de qualidade, mas também dignidade e inclusão social para uma parcela da população historicamente marginalizada'.


Ana Vera, que foi acolhida pela Casa Cores durante a pandemia da Covid-19 e hoje atua como voluntária, também enaltece o papel transformador do projeto. 'Programas como esses trazem dignidade alimentar para pessoas que vivem à margem. Contando com o apoio desses programas, tudo fica mais digno', afirma. Além da alimentação, a Casa Cores promove atividades culturais e de empregabilidade, como oficinas de teatro, sessões de cinema e eventos de discussão sobre direitos da população LGBTQIA+.


Cada uma das 12 casas do programa Acolher+ recebe cerca de R$ 4,6 mil mensais para a compra de alimentos e insumos, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que também possibilita a contratação de dois bolsistas por unidade. Em âmbito nacional, a política pública já liberou mais de R$ 1,3 milhão para o financiamento dessas iniciativas, divididos entre a aquisição de alimentos, materiais de consumo e a contratação de 24 bolsistas.


Além da oferta de refeições, a Casa Cores funcionará como um espaço de referência, permitindo que a população LGBTQIA+ tenha acesso a outros programas governamentais, muitas vezes inacessíveis a essa comunidade. "A cozinha contempla não somente a população LGBTQIA+ atendida pelas casas, mas todo o território em que estão inseridas, criando uma relação dessas pessoas com a comunidade local", explica Larrat.


A adesão ao Cozinha Solidária prevê o recebimento de novos equipamentos, como fogões e fornos industriais, além do fornecimento de alimentos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), garantindo segurança alimentar para a população atendida. As casas de acolhimento também foram orientadas a se cadastrarem nos Conselhos Municipais de Assistência Social, fortalecendo a articulação com diferentes esferas governamentais.


Com o apoio dos programas Acolher+ e Cozinha Solidária, a Casa Cores e as demais unidades de acolhimento LGBTQIA+ têm a expectativa de se consolidarem como centros de representatividade e integração social. 'A união desses esforços potencializa os espaços não só como áreas de acolhimento e cuidado, mas também de interlocução e representatividade no território em que essas pessoas estão inseridas', ressalta Larrat.

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