Comunidade LGBTQIA+ se mobiliza contra discursos de ódio na Argentina
Atualizado: 14 de jun. de 2024
Abaixo-Assinado exige ação judicial ao crime hediondo contra quatro mulheres lésbicas queimadas vivas na Argentina; apenas uma sobreviveu. O ato hediondo tem sido classificado como crime de ódio pelo Ministério da Mulher da Província de Buenos Aires e pela Federação Argentina LGBT+.

A comunidade LGBTQIA+ e ativistas estão mobilizados, promovendo um abaixo-assinado que exige que o ataque sofrido por quatro mulheres lésbicas queimadas vivas na Argentina seja processado como crime de ódio. O documento, que pode ser assinado aqui, busca garantir justiça para as vítimas e enviar uma mensagem clara contra a violência motivada por preconceito. Ativistas destacam a importância de uma resposta judicial firme para prevenir futuros ataques e proteger os direitos humanos.
Na madrugada de 6 de maio, um terrível ataque abalou a comunidade LGBTQIA+ na Argentina. Um homem de 62 anos lançou um explosivo no quarto de uma pensão em Buenos Aires, onde moravam quatro mulheres lésbicas, resultando na morte de três delas. Pamela Cobbas, de 52 anos, faleceu horas após o ataque. Sua companheira, Mercedes Roxana Figueroa, também de 52 anos, sucumbiu aos ferimentos três dias depois. Andrea Amarante, de 42 anos, agonizou por uma semana antes de falecer. A única sobrevivente foi Sofía Castro Riglos, de 49 anos.
O ataque incendiário levou a uma série de manifestações, incluindo uma vigília em frente ao Congresso argentino, com velas acesas e pedidos por justiça. Opositores ao governo de Javier Milei, ativistas de direitos humanos e organizações LGBTQIA+ acusam o presidente de fomentar um ambiente hostil através de discursos de ódio. Desde que assumiu o cargo em dezembro, Milei tem fechado instituições de apoio às minorias e condenado o feminismo, ações vistas como agravantes para o clima de intolerância.
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