Documentário sobre futebol feminino celebra o Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres
Documentário 'Amistosa' vai além da celebração da paixão pelo futebol feminino. O filme destaca a importância de enfrentar desafios, promover a igualdade de gênero e construir um futuro mais inclusivo para todas as mulheres no esporte.
Fotos: Eduardo Cordeiro / Divulgação
Em comemoração ao Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres, o Museu da Diversidade Sexual (MDS), instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, anuncia o lançamento do documentário 'Amistosa' para sábado (25), em seu canal oficial no YouTube.
O documentário apresenta a emocionante partida de futebol de várzea feminino entre os times Perifeminas e Grêmio Esperança, realizada em 30 de julho, na região metropolitana de São Paulo. Além da partida, o material inclui uma inspiradora roda de conversa com as jogadoras, a locutora esportiva Chris Lima e Roseli de Belo, ex-jogadora de futebol e veterana de Olimpíadas e Copas do Mundo.
Para Khadyg Fares, pesquisadora do MDS, o registro vai além do esporte:
'Fazer o registro do Amistosa não é só ratificar a relevância de uma das atividades mais importantes realizadas durante o ano de 2023 pelo MDS, mas é também a busca em se contrapor às lógicas de marginalização, contribuindo com a memória e ampliação da visibilidade de mulheres no futebol.'
A partida, promovida pelo MDS, teve como objetivo conectar pessoas de diversas idades, raças, identidades sexuais e de gênero durante o clima da Copa do Mundo Feminina, destacando a importância do esporte como agente de inclusão e união.
Os times e suas histórias Os times protagonistas, Perifeminas e Grêmio Esperança, representam mais do que equipes esportivas. O Perifeminas, composto por meninas e mulheres cis, utiliza o esporte como ferramenta para desenvolver atletas e promover diálogo por meio da literatura. Já o Grêmio Esperança, fundado por Lucelia Leal, conhecida como Neguinha, é uma 'família' que ajuda mulheres a realizarem o sonho de serem jogadoras profissionais ou a simplesmente desfrutarem do esporte como forma de lazer e superação.
'Ao promover a Amistosa entre os times de futebol de várzea feminino, o MDS reafirma o desejo de estar presente nas comunidades, representando e atuando em conjunto', destaca Fares. O registro da atividade não só celebra o presente, mas também contribui para a produção e preservação da memória de dissidentes de gênero e sexualidade.
Roda de Conversa Durante a roda de conversa, as jogadoras exploraram temas como resistência, representatividade e empoderamento. Um dos tópicos destacados foi a violência dentro e fora dos espaços esportivos. Roseli de Belo, exibindo sua medalha olímpica, compartilhou sua trajetória de luta e enfrentamento às violências no campo e no ambiente familiar.
'Ainda há muito o que avançarmos no combate à violência contra mulheres e meninas no esporte. É importante que essas histórias sejam contadas e que as pessoas se conscientizem sobre esse problema', enfatiza Roseli.
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