Felipe Cabral lança 'Nossa Grande Chance', trazendo humor, amor e representatividade LGBTQIAP+ para a literatura brasileira

Pimenta Rosa
31 de mai.
2 min de leitura

Novo romance do autor aborda crises, encontros e reencontros em uma comédia romântica adulta repleta de reflexões geracionais e vivências LGBTQIAP+.

Conhecido por abrir caminhos para narrativas LGBTQIAP+ na literatura e na televisão brasileira, Felipe Cabral lança nesta segunda-feira (2), pela Editora Verus, o aguardado romance Nossa Grande Chance. A obra marca sua estreia no gênero da comédia romântica adulta e acompanha Patrick, um roteirista gay de quase 40 anos que, em meio a uma crise pessoal e profissional após o cancelamento de sua série, se vê às voltas com dilemas contemporâneos, como a não-monogamia, o uso de aplicativos de relacionamento e as diferenças geracionais no amor.

A trama, com pitadas generosas de humor e emoção, se desenvolve entre encontros casuais no Grindr e a inesperada reaproximação com Junior, um jovem de 23 anos com quem Patrick compartilhou uma noite intensa e constrangedora. O reencontro dos dois se dá no palco: Junior é selecionado para protagonizar Os meninos de Icaraí, musical fictício que, dentro da história, está sendo adaptado de um livro escrito pelo próprio Patrick. É nessa interseção entre arte e vida, palco e cotidiano, que a narrativa se desenrola, propondo diálogos provocativos sobre amadurecimento, afetos e reinvenção.

Ambientado entre Niterói e os tradicionais teatros da Cinelândia, o romance também oferece um tributo à cultura carioca. “O leitor vai entender que Niterói é o coração desta história, assim como o teatro”, revela o autor, que assina uma trama rica em diálogos, reviravoltas e cenas de sexo, além de canções originais compostas para o musical inserido no enredo.

Com mais de 460 páginas, Nossa Grande Chance reafirma o compromisso criativo e ativista de Cabral com a naturalização das vivências LGBTQIAP+ e amplia sua presença como autor que escreve com humor, coragem e sensibilidade sobre os afetos que atravessam o amor queer.

“Quis explorar esses dois momentos de vida: os 20 e poucos, cheios de gás e incerteza, e os quase 40, marcados por reflexões e recomeços. A relação entre Patrick e Junior é o que vai transformar a vida de ambos”, destaca o autor.