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Janda Mawusí: trajetória e compromisso com a comunidade LGBT+ na política

Foto do escritor: Elen GenuncioElen Genuncio

Pré-candidata à vereadora pela cidade de Salvador , Janda Mawusí discute suas origens, a importância da representatividade no parlamento e medidas contra a violência e discriminação.



Na coluna Eleições 2024 desta semana, o Jornal Pimenta Rosa conversa com Janda Mawusí, pré-candidata a vereadora pela cidade Salvador (BA), sobre sua trajetória pessoal e profissional, a importância de uma maior representatividade no parlamento e as medidas necessárias para combater a violência e a discriminação contra a comunidade LGBT+. Janda, que tem uma história marcada pela militância e dedicação à causa, compartilha suas visões e planos para um futuro mais inclusivo e justo.


Você pode nos contar um pouco sobre sua trajetória pessoal e profissional até se tornar pré-candidata à vereadora pelo partido Podemos?

Minha trajetória começou desde os 14 anos, em Cosme Farias, no bairro onde nasci. Em um espaço de vivência esportiva, observei minhas irmãs e vizinhas perderem sua infância por causa de gravidez prematura, enquanto meus irmãos e amigos caíam na marginalidade. Comecei a discutir a importância da leitura e do estudo, influenciada por meu pai, que lia muito e assistia aos jornais. Mesmo sem saber o que era militância, eu a praticava nas quadras do Vale do Matatu.


Com o tempo, conheci outras comunidades e pessoas que tinham perspectivas de vida diferentes. Participei de formações e discussões sobre etnia, gênero, sexualidade e religiosidade. Fui iniciada no candomblé e me tornei Muaikédi no terreiro do Bogum. Minha militância cresceu e, no CEAFRO, entendi minha identidade enquanto mulher negra e da periferia. Iniciei a graduação em Pedagogia na UNEB e comecei a coordenar projetos culturais e educacionais.


Ao longo dos anos, fui chamada para representar políticos e trazer benefícios para minha comunidade. Minha visibilidade cresceu, participei de movimentos e, em 2020, aceitei ser pré-candidata pelo Partido Social Brasileiro. Minha trajetória política começou aí, com a missão de lutar por mais oportunidades e representatividade para nossa comunidade.


Qual a importância de uma maior representatividade no parlamento na luta pelos direitos e visibilidade da comunidade LGBT+?

A representatividade no parlamento é crucial para pensar projetos de leis que não oprimam, mas garantam nossos direitos constitucionais. Precisamos de um parlamento democrático, sensível às necessidades de todas as comunidades. Hoje, vemos políticas de extermínio e negação. Precisamos de políticas que promovam empregabilidade, inclusão nas escolas, universidades e empresas, e um atendimento de saúde específico para a comunidade LGBT+. Um parlamento sensível deve entender as especificidades de cada corpo e garantir a integridade e a visibilidade dessas pessoas. É preciso fortalecer as famílias, possibilitar que aceitem e acolham seus membros LGBT+, e combater discursos que nos desumanizam. A representatividade no parlamento é sobre garantir vidas dignas e um bem viver para todos.




Quais medidas são necessárias para combater a violência e a discriminação contra a comunidade LGBT+?

Primeiro, precisamos da criminalização rigorosa e da aplicação da lei. Delegacias e atendimentos de acolhimento devem ser fortalecidos para garantir que a justiça seja cumprida. Isso ajudará a evitar que as pessoas se sintam autorizadas a cometer crimes ou violência contra a comunidade LGBT+. É fundamental que a legislação seja aplicada de forma justa e eficaz para proteger nossos direitos e vidas.


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