Papa Francisco afirma que preconceito contra LGBTQIA+ é 'uma das corrupções da Igreja'
No documentário 'Amén. Francis responde', o Pontífice fala com 10 jovens sobre identidade sexual, feminismo, aborto, migração, abusos, perda da fé e o papel da mulher
Num diálogo aberto, sincero e inédito, o Papa Francisco conversa por mais de uma hora com 10 jovens - quase todos distantes da Igreja - que o questionam sobre as principais preocupações de sua geração em relação às posições da Igreja: identidade sexual, feminismo, aborto, migração, abusos, perda da fé e o papel da mulher. O longa-metragem 'Amén. Francis responde', já está disponível no YouTube.
Entre os jovens, uma menina espanhola, Celia, se apresenta e explica que ela é não-binária e cristã. 'Você sabe o que é uma pessoa não-binária?', pergunta ela a Francisco. Ele responde que sim, mas ela lhe explica assim mesmo que 'uma pessoa não-binária é alguém que não é homem nem mulher, ou, pelo menos, não é o tempo todo'.
Em seguida, indaga se há espaço na Igreja para a diversidade sexual e de gênero, e o Papa responde ampliando o horizonte para o desafio eclesial da inclusão:
'Cada pessoa é filho de Deus, cada pessoa. Deus não rejeita ninguém, Deus é Pai. E eu não tenho o direito de expulsar ninguém da Igreja. Não só isso, meu dever é sempre o de acolher. A Igreja não pode fechar a porta a ninguém. A ninguém'.
Imediatamente depois, o Pontífice dirigiu críticas àqueles que, tendo a Bíblia como referência, promovem o discurso do ódio e justificam a exclusão do chamado movimento LGBTQIA+ da comunidade eclesial.
'Estas pessoas são infiltradas que se aproveitam da Igreja para suas paixões pessoais, para a sua estreiteza pessoal. É uma das corrupções da Igreja', assegura.
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