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Foto do escritorPimenta Rosa

Pesquisa mapeia práticas, nível de conhecimento e até a frequência com que o brasileiro busca ajuda

Segundo levantamento da plataforma Gleeden pelo Dia da Saúde Sexual, 55% dos entrevistados revelam não ter planos para saúde reprodutiva e 33% dizem fazer práticas sexuais não seguras.


O Dia da Saúde Sexual é celebrado mundialmente hoje (4). Além do bem-estar, a data tem como objetivo promover conscientização social sobre temas como saúde reprodutiva, sexualidade, responsabilidade afetiva, violência e proteção. Atento a esse movimento de saúde e cuidado, o Gleeden - principal plataforma para encontros extraconjugais e relações não monogâmicas do mundo - ouviu seus usuários a respeito das práticas e dúvidas relacionadas a esse importante tema.

Segundo a pesquisa, realizada em agosto último, 72% alegam que 'levam uma vida sexual pouco satisfatória ou insatisfatória', enquanto apenas 28% dizem que 'consideram a vida sexual satisfatória ou muito satisfatória'.

Quando perguntados sobre como avaliam a sua saúde sexual, 62% dos entrevistados responderam que 'está muito boa'; 23%, 'boa'; e 15%, 'regular'. O mais interessante, ninguém alegou ter uma saúde sexual 'ruim'.

Com relação à saúde reprodutiva - que envolve estado de bem-estar físico, mental e social, vida sexual segura e satisfatória, autonomia e liberdade para decidir ter ou não filhos, informações e acesso a métodos contraceptivos eficazes -, 36% dos entrevistados disseram que 'fazem planejamentos'; 9%, que 'começaram a fazer planos recentemente'; e 55%, que 'não têm nada planejado nesse sentido'.

A respeito de dúvidas ou curiosidades que envolvem essa temática, metade dos entrevistados (50%) revela que gostaria de saber mais sobre 'cuidados com as diferentes práticas sexuais'; 30%, sobre 'fetiches'; 10%, 'diversidade sexual'; e os outros 10%, 'consentimento em práticas sexuais'.

Sobre práticas sexuais seguras, 90% dos entrevistados dizem que 'conhecem todos os métodos contraceptivos existentes para ambos os sexos' e 67%, que na hora da prática 'sempre usam camisinha'. Já em relação a novas relações, os usuários foram questionados se consideram importante solicitar um histórico de saúde sexual antes de se relacionar com o novo parceiro: 44% responderam que 'sim'; 33%, que 'não'; e 22%, que 'gostariam de pedir, mas têm vergonha'.

Questionados a respeito dos exames de rotina, 80% dos usuários do Gleeden disseram se consultar com um ginecologista/proctologista pelo menos uma vez ao ano, sendo 25% mulheres e 75% homens. Já 20% dos homens 'só buscam ajuda médica quando há um problema específico'. Um outro dado curioso a respeito do público masculino é: 22% recorrem à internet, o famoso 'Doutor Google', para obter informações em caso de dúvida sobre saúde sexual.

Paulina Millán, sexóloga parceira do Gleeden, explica que há uma falsa percepção sobre a educação sexual. 'Muitas vezes, as pessoas pensam que, por saberem sobre sexo e conhecerem anticoncepcionais, já receberam uma educação completa a esse respeito. No entanto, elas precisam considerar aspectos como prevenção, prazer e até violência sexual. Por isso, esse dia é tão importante, para falar mais sobre o assunto e aprofundar na detecção de doenças'.

A especialista afirma que ainda falta divulgação de informações sobre saúde sexual e reprodutiva e uma maior disponibilidade de laboratórios e clínicas para que as pessoas possam fazer exames, testes e tirar dúvidas. “


'Além disso, a maioria das pessoas desconhece que já existem vacinas preventivas ou acredita que, se não tiverem um sintoma visível nos órgãos sexuais, estão saudáveis, quando existe a possibilidade de serem portadores de muitas doenças que não apresentam sintomas', finaliza.

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