Primeiro banco digital do mundo voltado para o público LGBTI+, o quer ampliar serviços
A proposta do Pride Bank é aumentar a oferta de linhas de crédito e cartão de crédito rotativo para a clientela
Criado há quase dois anos no mercado brasileiro, o Pride Bank quer conquistar de 5% a 10% dos brasileiros que se declaram LGBTI+. Por estratégia na busca de investidores, Márcio Orlandi Júnior, presidente da entidade, não revela quanto dessa meta já foi alcançada, mas conta que o principal objetivo é incluir novos serviços no leque oferecido pelo Pride Bank para atrair mais clientes. Entre eles estão a oferta de linhas de crédito e de cartão de crédito rotativo - hoje só está disponível na opção pré-paga. No entanto, revela que ainda esbarra na resistência de alguns grupos de investidores para conseguir financiamentos para ampliar sua atuação.
‘Quando falamos em diversidade, é algo que está na moda. Mas quando falamos que a diversidade é LGBTI+, muitas vezes esbarramos em preconceito. É uma busca constante’, afirma Orlandi Júnior, presidente do primeiro banco digital focado no público LGBTI+.
De acordo com ele, é comum que pessoas da comunidade LGBTI+ ainda enfrentem constrangimentos e preconceito em agências bancárias tradicionais ao solicitar serviços, apesar de ser passível de punição em diversos casos, já que desde 2019 ficou decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a equiparação do crime de homofobia ao de racismo.
‘Muita gente se sentiu validada para falar ou para demonstrar seus preconceitos’, avalia Orlandi sobre a sociedade brasileira nos últimos anos.
A busca por investidores tem o objetivo também de ampliar a cobertura do seguro saúde dos correntistas. Em uma parceria com a SulAmérica, o serviço ainda tem restrições, como o limite de seis utilizações por ano em pronto atendimentos. Em uma conversa anterior com o Valor Investe, Orlandi já havia evidenciado a importância do serviço de saúde adequado para a comunidade LGBTI+.
‘Parece algo besta, mas não é. Ter um atendimento em que o gay não sinta medo de ir a um proctologista, por exemplo. Mas o pior é para os transgêneros. O homem transgênero continua precisando dos exames ginecológicos e o plano de saúde precisa de uma rede de médicos preparada’, explicou.
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