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Foto do escritorPimenta Rosa

Primeiro Casamento comunitário em Belém reúne 24 casais homoafetivos

Promovido pelo judiciário paraense, o I Casamento Comunitário Homoafetivo foi realizado no Fórum Cível de Belém na manhã desta sexta-feira (02/09)



As cores do arco-íris cobriram de diversidade o prédio do Fórum Cível de Belém, na Cidade Velha, que viveu uma manhã histórica nesta sexta-feira (02/09), com o I Casamento Comunitário Homoafetivo celebrado no Pará. Ao todo, 24 casais formalizaram as relações familiares e agora gozam de todos os direitos assegurados às famílias brasileiras. A cerimônia foi realizada no auditório Desembargador Agnano Monteiro Lopes, oficiada pelos juízes Agenor Cássio Nascimento Corrêa de Andrade e Acrísio Tajra de Figueiredo.


O Casamento Comunitário Homoafetivo é uma conquista importante para a vida dos participantes e da comunidade LGBTQIA+ em geral, afirmou Aline Malato. Abraçada a sua esposa Ediane Mendes, sob a bandeira arco-íris - considerado maior símbolo do movimento, ela diz que o dia foi como um grito de liberdade, onde foi possível expressar o que ela e sua companheira sentiam.


'Este dia foi um marco, hoje nós podemos expressar o que a gente sente, também é uma forma de pedirmos respeito e de mostrar para a sociedade que nós também estamos aqui, e que nós merecemos todo respeito e amor do mundo, somos pessoas privilegiadas por termos famílias que nos apoiam, que estão ao nosso lado o tempo todo, além de muitos amigos', afirmou Aline Malato ao jornal O Liberal.


'Realizar o primeiro casamento comunitário LGBTQIA+ dentro do Tribunal de Justiça é o reconhecimento dessas famílias, que já vem sendo regularizado, reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal desde 2011, no entanto, é a primeira vez que o Tribunal abre as portas para a comunidade LGBT para dar reconhecimento e visibilidade a essas famílias que são exatamente iguais a todas as outras', disse o juiz Agenor Cássio Nascimento Correa de Andrade, um dos oficiantes da cerimônia.


Ele explicou que o reconhecimento do casamento confere um novo status, um novo estado civil à pessoa, com maior segurança jurídica para, numa eventual enfermidade, numa eventual fatalidade, o companheiro, a companheira, o cônjuge, a cônjuge não ficar desassistido(a) por eventuais relações de direito. Há 11 anos, o STF reconheceu o direito de casais homoafetivos formalizarem as relações perante a lei.


Renato Modesto e Rafael Arias se conheceram há seis anos e aguardavam pacientemente pela hora da cerimônia nesta sexta-feira, no Fórum Cível.


'É uma grande alegria porque é um direito', contou Renato, ao afirmar que o casamento reafirma perante a lei a união dos dois. 'É uma grande alegria a gente tá formalizando isso, de forma legal', frisou.


Rafael acrescentou que se trata de mais um passo que os dois dão juntos 'mostrando, levando nosso amor, porque, como ele disse, é direito de todos'.

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