Salete Campari, a voz pela diversidade e inclusão na política paulistana

Artista da noite e ativista LGBTQIAPN+, a candidata Salete Campari compartilha sua trajetória e propostas para transformar São Paulo em uma cidade mais justa e inclusiva.

A coluna Eleição 2024 de hoje traz Salete Campari, artista da noite que desde cedo enfrentou os desafios da profissão. Com mais de 30 anos de carreira, ela valoriza a diversidade cultural da cidade. Paralelamente, se envolveu profundamente com a militância pelos direitos LGBTQIAPN+, atuando como coordenadora de políticas LGBT na Zona Leste de São Paulo, onde implementou políticas públicas voltadas para a inclusão e proteção da comunidade. Agora, como candidata à vereadora pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Salete busca transformar São Paulo em um lugar mais justo e inclusivo para todos, todas e todes.

O que motivou você a entrar na política e quais foram os maiores desafios que enfrentou até agora?

Minha motivação para entrar na política vem da necessidade urgente de promover a educação, cultura e diversidade em nossa sociedade. Como ativista, percebi que muitas das mudanças que buscamos exigem ações políticas concretas. Os maiores desafios que enfrentei foram o preconceito e a discriminação, tanto no meu dia a dia quanto nas esferas institucionais. No entanto, a determinação em lutar por uma sociedade mais inclusiva e o apoio da comunidade me fortaleceram para continuar essa jornada.

Quais são os principais projetos e iniciativas que você pretende propor na Câmara Municipal para melhorar a qualidade de vida da população LGBTQIA+?

Pretendo propor projetos que fortaleçam a educação inclusiva, valorizando a diversidade e combatendo o bullying nas escolas. Na área da cultura, quero ampliar o apoio a iniciativas que promovam uma ampla representatividade, garantindo espaços seguros para a expressão artística e cultural. Além disso, vou trabalhar para implementar políticas públicas que assegurem direitos básicos, como saúde e segurança, para as comunidades excluídas, visando reduzir a discriminação e violência. Quando falo em comunidades excluídas, não me limito à população LGBTQIAPN+, vou além, pois vivo a cidade e sei que o desafio é muito maior para nos limitar.

De que maneira uma maior representatividade no parlamento contribui na luta pelos direitos e visibilidade da comunidade LGBT+?

Uma maior representatividade no parlamento é crucial para a luta pelos direitos e visibilidade da comunidade LGBTQIAPN+. Representantes que vivenciam as questões da comunidade trazem uma perspectiva autêntica e urgente às discussões políticas. Isso não apenas ajuda a criar políticas mais justas e inclusivas, mas também inspira outras pessoas LGBTQIAPN+ a participarem ativamente da política. A visibilidade de representantes LGBTQIAPN+ no parlamento desafia preconceitos e promove uma sociedade mais igualitária e equitativa.

Quais são os maiores obstáculos numa campanha LGBT? Você tem apoio de seu partido? De que forma?

Os maiores obstáculos numa campanha LGBT são o preconceito e a discriminação persistentes, que muitas vezes se manifestam em forma de ataques pessoais e resistência às nossas propostas. Além disso, a falta de recursos financeiros comparada a campanhas tradicionais é um desafio constante. No entanto, tenho o apoio firme do meu partido e de toda a coligação, que acredita na importância da diversidade e me oferece suporte logístico e estratégico. Este apoio é fundamental para superar as barreiras e garantir que nossas vozes sejam ouvidas, pois o apoio ofertado é para todos os excluídos que represento.

Como o eleitor pode participar de sua campanha?

O eleitor pode participar de minha campanha de várias maneiras. Primeiramente, conhecendo minhas propostas, seguindo e compartilhando nossas redes sociais para aumentar nossa visibilidade. Também é possível participar de eventos e reuniões comunitárias e se voluntariar para ajudar na distribuição de materiais de campanha. Além disso, qualquer apoio financeiro, por menor que seja, contribui significativamente para fortalecer nossa campanha. A participação ativa dos eleitores é essencial para construirmos uma campanha inclusiva e representativa.