STF reafirma o direito de falar sobre gênero e diversidade nas escolas
- Pimenta Rosa
- 28 de out.
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Decisão unânime derruba leis municipais que tentavam censurar temas ligados à orientação sexual e identidade de gênero. Mais do que uma questão jurídica, o julgamento simboliza um avanço civilizatório: o direito de aprender e ensinar sem medo, com empatia e com verdade.

O Supremo Tribunal Federal deu um passo importante pela liberdade e pela inclusão. Por unanimidade, os ministros da Corte anularam três leis municipais que proibiam a menção aos termos “gênero” e “orientação sexual” nas escolas públicas de Tubarão (SC), Petrolina (PE) e Garanhuns (PE).
A decisão reafirma que nenhum município pode impor censura sobre o que é ensinado e que a educação deve refletir a pluralidade da sociedade brasileira. Para o relator, ministro Alexandre de Moraes, essas leis representavam uma violação direta à Constituição, que garante o pluralismo de ideias, o respeito às diferenças e o combate à discriminação.
“A escola é um espaço de formação cidadã, não de intolerância. Falar sobre gênero e diversidade é ensinar respeito”, afirmou Moraes
Com o entendimento do STF, as três cidades terão de rever seus planos de educação e garantir que temas ligados à diversidade, aos direitos humanos e à igualdade estejam presentes no ambiente escolar — sem medo, sem silenciamento.
Organizações de direitos humanos e movimentos LGBTQIA+ comemoraram a decisão como uma vitória da democracia e da liberdade de expressão.
“É um reconhecimento de que a escola precisa acolher todas as existências. Silenciar sobre gênero é negar a realidade de milhões de estudantes”, afirma a professora e ativista Maria do Carmo Ribeiro.
A decisão também reforça a importância da educação como ferramenta de combate à violência e ao preconceito, especialmente em um país que ainda registra altos índices de discriminação contra pessoas LGBTQIA+.




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