Supremo Tribunal Federal recebe investigação do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes
O ministro Alexandre de Moraes é o relator do caso no STF, após sorteio entre os cinco ministros da 1ª Turma.

As investigações sobre o brutal assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e seu motorista Anderson Gomes, ocorrido há seis anos, deram um novo passo ao serem encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), conforme o G1. O caso foi remetido ao STF pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) após a identificação do suposto envolvimento de uma pessoa com foro privilegiado.
O termo 'foro privilegiado' refere-se ao fato de que algumas autoridades são julgadas diretamente pelo STF. Isso inclui presidente, vice-presidente, ministros de Estado, senadores, deputados federais, integrantes dos tribunais superiores, do Tribunal de Contas da União e embaixadores.
As investigações estão em andamento de forma sigilosa, sem detalhes sobre a identidade da pessoa com foro citada nas apurações. O ministro Alexandre de Moraes é o relator do caso no STF, após sorteio entre os cinco ministros da 1ª Turma.
Atualização sobre as investigações
Seis anos após o crime, quatro pessoas estão presas no caso: Ronie Lessa, Élcio de Queiroz, Maxwell Simões Corrêa e Edilson Barbosa dos Santos.
Ronie Lessa e Élcio de Queiroz são acusados de terem executado o crime. As investigações indicam que Maxwell participou do planejamento do assassinato, monitorando a rotina da vereadora, e também ajudou Ronie e Élcio no desmanche do veículo usado no crime e na remoção das cápsulas de munição;
Edilson é proprietário do ferro-velho onde o carro utilizado no crime foi desmontado.
Segundo fontes da Polícia Federal, Lessa discutiu com a PF uma proposta de delação premiada, o que poderia levar à identificação do mandante do assassinato de Marielle.
Ministros do STJ, em sessão reservada no final do ano passado, debateram sobre qual seria o foro para analisar uma eventual delação. Decidiram que o Ministério Público Federal poderia atuar nesse processo.
Oficialmente, a PF confirmou ter fechado um acordo de delação premiada com o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, responsável por dirigir o veículo utilizado na emboscada que resultou na morte da vereadora.
Na delação de Élcio de Queiroz, Ronie Lessa é apontado como o autor dos disparos fatais. Lessa, que foi expulso da PM, foi condenado em 2021 a 4 anos e meio de prisão pela ocultação das armas supostamente usadas no crime, pena que posteriormente foi aumentada para 5 anos.
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