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Foto do escritorPimenta Rosa

Um samba-reggae eletrônico pra espantar os jogos de amor: conheça Onda, novo single da ÀIYÉ

Larissa gravou todas as percussões e instrumentos em Onda, e também co-produziu o single ao lado de Diego Poloni, que assina engenharia, mix e master da faixa



No verão de 2021, Larissa Conforto viajou à Bahia para uma festa de Iemanjá atípica. Das experiências que teve lá, criou Onda: um samba-reggae eletrônico que conta a história de uma paixão de verão que acaba sendo atrapalhada por jogos de amor. Embalada com uma dose generosa de deboche e brasilidade, a nova faixa da ÀIYÉ chegou em todas as plataformas no dia 19 de janeiro (quinta-feira), abrindo o caminho para a nova fase do projeto solo da multi-instrumentista e produtora musical carioca.


'Desligar o projetor é uma piada interna entre amigues, que acabou se tornando uma máxima: Respira, desliga aí teu projetor, e me liga de volta pra gente resolver - Um jeitinho fofo de dizer pra amiga criar menos castelinho na cabeça, deixar de idealizar situações, e calar a boquinha de lixo da nossa mente pensante, às vezes.'


O lançamento vem acompanhado de um videoclipe que retrata de forma divertida a realidade da carioca vivendo em São Paulo: a busca pelo ângulo perfeito de sol, a fézinha improvisada dentro e fora de casa, idas frequentes ao minhocão em busca de ar puro, treino de kung fu em todos os espaços possíveis… um corpo malandro que baila nas profanidades de tudo que é sagrado, enquanto ri de sua própria condição.


'No fundo, estou interpretando uma personagem no clipe, uma macumbeira-poligâmica-LGBT. É quase uma entidade exacerbada de tudo aquilo que tem em mim', explica.


Idealizado para ser um retrato surrealista da vida cotidiana da artista, o clipe foi pensado para ser filmado em um dia, na casa e vizinhança da própria Larissa.


'Contamos com o improviso, o inesperado e o que mais fosse surgindo no dia', conta Larissa sobre a proposta sugerida pelo parceiro Anderson Freitas, que assina Direção, Fotografia, Edição e Colorização.

'Antes de tudo, tinha que ser um samba-reggae. O ritmo eternizado pelos tambores do Olodum, Ilê Aiyê, e outros tantos movimentos das ruas de Salvador é a expressão pura dessa magia que a cidade carrega, que me embalou e segue embalando toda a gente. Misturar essa essência baiana com humor, distorção e synths, é algo que permeia', conta a artista.


Baterista há quase 20 anos, o seu ponto de partida é sempre o tambor, e o caminho é sempre pela encruzilhada. Como umbandista, o sincretismo é sua lente pra enxergar os mundos, por entre as estradas espirituais e as literais, que se cruzam numa trajetória que percorre a experiência em gravadoras, diversas turnês como instrumentista (Paulinho Moska, Duda Brack, a francesa Laure Briard, entre outres), grandes festivais (como fundadora da banda Ventre) e residências artísticas fora do país, colecionando experiências, amigos e parceiros em vários cantos do mundo.


'Tem um lugar pra mim de expressão do sagrado profanizado e do profano sacralizado que existe no jeitinho carioca, que é sincrético, que é poético, que tem muita fé mas é uma fé do dia a dia. Não é uma fé extraordinária, é uma fé ordinária'.



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