top of page
  • Foto do escritorPimenta Rosa

Vereadores do Rio adiam pela quinta vez votação sobre cancelamento de Medalhas dos Irmãos Brazão

A luta pela justiça no caso Marielle Franco continua a marcar a política carioca, com tensões e adiamentos na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A demanda por mais investigações, solicitada por palamentares do PSOL, reflete a complexidade e a gravidade do caso, que permanece um símbolo da luta contra a impunidade e pela memória das vítimas.



Os vereadores do Rio de Janeiro adiaram novamente a votação sobre o cancelamento das medalhas Pedro Ernesto concedidas aos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, acusados de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). Na sessão desta terça-feira (28), conforme o portal G1, apenas 18 dos 40 parlamentares presentes votaram, com 17 a favor do cancelamento e um se abstendo, insuficiente para alcançar o quórum necessário de 26 votos. Esta foi a quinta tentativa de votar a cassação da honraria.


Segundo o regimento interno da Casa, o pedido da vereadora Mônica Benício (PSOL), viúva de Marielle, retornará para votação na próxima terça-feira (4). Benício criticou a ausência de decisão, classificando-a como um desrespeito à memória de Marielle e aos cidadãos do Rio de Janeiro.


Argumentos Contra e Fuga de Vereadores

O vereador Waldir Brazão (União Brasil) defendeu seus irmãos, afirmando que Domingos e Chiquinho Brazão ainda não foram condenados e que não se pode fazer política com base no ódio. Ele sugeriu que a Mesa Diretora da Câmara encontre uma solução, já que a votação foi esvaziada repetidamente.


Mônica Benício tem enfrentado dificuldades para levar a votação adiante, com diversas sessões esvaziadas pelos parlamentares. Houve tentativas frustradas de votação nos dias 9, 14, 16 e 23 de maio, onde os vereadores evitavam o quórum necessário.



PSOL exige mais investigações


Os deputados federais Chico Alencar e Tarcísio Motta, ambos do PSOL do Rio de Janeiro, planejam reuniões com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, para discutir as 'pontas soltas' do caso Marielle, segundo informação publicada na coluna Radar da Revista Veja.


Embora Lewandowski tenha declarado o caso encerrado, Motta destaca que a delação de Ronnie Lessa levanta questões não resolvidas, como a falta de depoimentos de certas figuras chave e a identificação de outros possíveis alvos do PSOL pelos assassinos.


Para Motta, há indícios de que os irmãos Brazão tentaram silenciar um grupo político que poderia interferir em seus projetos econômicos, representando uma ameaça ao PSOL. Ele insiste que esses pontos devem ser esclarecidos para garantir justiça completa no caso.



Retrospectiva do Caso Marielle Franco e Anderson Gomes


Marielle Franco, vereadora do PSOL, foi assassinada em 14 de março de 2018 junto com seu motorista, Anderson Gomes. O crime gerou grande repercussão nacional e internacional, levando a intensas investigações e protestos pela resolução do caso.

Em março de 2019, os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos acusados de executar o crime. Lessa teria disparado os tiros que mataram Marielle, enquanto Queiroz dirigiu o carro usado no ataque.


As investigações apontaram os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa como possíveis mandantes do assassinato, mas até agora, eles não foram condenados. O caso foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). No documento, os irmãos Brazão são denunciados ainda por integrar uma organização criminosa.



4 visualizações

Comments


bottom of page