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  • Foto do escritorPimenta Rosa

Ala Gaiola das Loucas da Grande Rio leva respeito e dignidade para a Marquês de Sapucaí

Considerada uma das alas mais empolgadas e disputada da agremiação, traz toda a representatividade da comunidade LGBTQIA+.



Uma das primeiras escolas de samba a oficializar uma ala voltada para a comunidade LGBTQIA+, a GRES Grande Rio, campeã do Carnaval 2022, inova, mais uma vez, com a reapresentação da ala das Musas Trans, que contará com a participação de Fabiola Skarttenna, uma das responsáveis pela ala Gaiola das Loucas, criada em 2017. Segunda agremiação a desfilar na Marquês de Sapucaí no domingo (19/02), a ala é considerada uma das mais empolgadas, trazendo toda a representatividade LGBTQIA+. Em entrevista exclusiva para o Jornal Pimenta Rosa, Fabiola conta como surgiu a ala, sua importância e ligação com a escola.


Como surgiu a ideia da criação da ala?

A ideia de criar uma ala voltada para o público LGBTQIA+ foi para que exatamente abrangesse um grupo de pessoas onde pudessem ficar em uma zona de conforto entre toda escola.


Em que ano foi?

A ala foi criada em 2017.


Quantos componentes tem a ala Gaiola das Loucas?

Antes eram entre 100 e 120, mas hoje, após a pandemia de Covid-19, reduziu entre 60 a 80.


Qual a sua expectativa para o Carnaval 2023?

A expectativa, com certeza, de trazer o bicampeonato. (risos)


Qual a importância de uma ala LGBTQIA+ nas escolas de samba?

A importância da ala LGBTQIA+ é mostrar que a inclusão e a diversidade vêm quebrando tabus, ganhando espaço e respeito.


Pode dar uma palinha da fantasia desse ano?

Então, assim como uma frase do nosso refrão que vem falando da Quitandinha de Ere, nossa ala tem alguma coisa voltada dentro dessa frase. (risos)


Como é a relação da ala com a direção da escola?

Temos uma relação de cumplicidades, carinho, aceitação, respeito, uma troca muito boa.


Como deve proceder quem estiver interessado em se inscrever para participar da ala?

É uma ala bem disputada, porque se tornou uma ala atração show da escola. Então, as vagas são muito concorridas, mas é só ficar atentos. Assim que abrir as inscrições e correr lá.


Fale-nos sobre sua relação com o carnaval e com a Grande Rio.

Eu sou foliã, sou brincante, sou apaixonada pela cultura brasileira e pelo carnaval, que se tornou, ao longo dos anos, um dos maiores espetáculos, assim como também uma fonte de renda para muitas famílias que vem crescendo a cada dia, a cada ano. Isso é algo muito importante e gratificante para as pessoas, não só para as que curtem, mas também aqueles que trabalham.

Grande Rio minha paixão. A minha relação com a Grande Rio, minha escola de coração, meu pavilhão, vem de muitos anos, desde muito pequena ainda, praticamente desde sua fundação. Estive afastada como competente por alguns anos, mas sempre presente como torcedora.

Hoje sou uma das componentes e responsável pelo grupo show que a ala LGBTQIA, mais conhecida como ala dos Leques e renomeada como Gaiola das Loucas. A escola, desde o ano passado, vem com uma inovação: a ala das Musas Trans, onde esse ano eu irei participar.

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