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Bem-vindo, Ronaldo Piber*!

  • Foto do escritor: Pimenta Rosa
    Pimenta Rosa
  • 20 de fev.
  • 2 min de leitura

É com grande entusiasmo que o Jornal Pimenta Rosa apresenta seu mais novo colunista: Ronaldo Piber! Advogado comprometido com os direitos humanos e a luta LGBTQIA+, traz para nosso espaço uma abordagem crítica e necessária sobre temas que impactam diretamente nossa comunidade.

Que sua coluna seja um espaço de informação, resistência e transformação.

Acompanhem sua estreia e fiquem ligados para os próximos artigos!





Violência obstétrica e homoparentalidades:

uma análise social e histórica


Olá, leitores!


O sistema capitalista e cisheteropatriarcal, alicerçado na opressão e exploração de classe, raça e sexo, engendra relações de poder desiguais e hierarquizadas. A violência contra corpos dissidentes, considerados errantes e transgressores, é uma de suas manifestações mais cruéis. A violência obstétrica configura-se como uma violência patriarcal de gênero que visa a suprimir direitos, autonomia e protagonismo de mulheres e homens trans durante a gestação, parto, puerpério ou em processos de abortamento.

Objetivamos, neste artigo de hoje, refletir sobre a violência obstétrica e seu impacto nas homoparentalidades de mulheres lésbicas e homens trans, grupos vulnerabilizados e marginalizados dos serviços de saúde, justamente pela violência institucional que seus corpos sofrem.


A Violência Obstétrica como Mecanismo de Controle

A violência obstétrica, longe de ser um evento isolado, é um reflexo da estrutura social que marginaliza corpos que desafiam a norma cisheteronormativa. Ela se manifesta de diversas formas, desde a desumanização no atendimento, com agressões verbais e físicas, até a realização de procedimentos médicos desnecessários e não consentidos.

Em casais homoparentais, a violência obstétrica pode ser ainda mais perversa, pois se soma à discriminação e ao preconceito. A falta de preparo dos profissionais de saúde para lidar com a diversidade familiar, a recusa em reconhecer a parentalidade de pessoas LGBTQIA+ e a insistência em impor modelos familiares tradicionais são exemplos de como a violência institucional se manifesta.


Impactos na Saúde e na Parentalidade

A violência obstétrica deixa marcas profundas na saúde física e mental das pessoas que a sofrem. Depressão, ansiedade, síndrome de estresse pós-traumático e dificuldades no estabelecimento do vínculo com o bebê são algumas das consequências.

Em casais homoparentais, a violência obstétrica pode impactar negativamente a experiência da parentalidade, gerando sentimentos de insegurança, medo e inadequação. A falta de apoio e reconhecimento social também pode dificultar o exercício da parentalidade e o desenvolvimento de uma rede de apoio.


Superando a Violência Obstétrica

A superação da violência obstétrica exige uma mudança cultural e estrutural na sociedade e no sistema de saúde. É fundamental que os profissionais de saúde sejam capacitados para atender a diversidade de corpos e famílias, com respeito, empatia e conhecimento sobre as particularidades da gestação, parto e puerpério de pessoas LGBTQIA+.


É preciso, ainda, que a sociedade como um todo se mobilize para combater a discriminação e o preconceito, construindo um ambiente mais acolhedor e inclusivo para todas as famílias.


Conclusão

A violência obstétrica é uma grave violação dos direitos humanos que afeta especialmente a população LGBTQIA+. Compreender suas causas e consequências é fundamental para construir um futuro onde todas as pessoas possam exercer sua parentalidade com dignidade e respeito.


A luta continua!


Até a próxima!


*Ronaldo Piber - Advogado e Colunista do Jornal Pimenta Rosa


 
 
 

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