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Dezembro Vermelho: a luta contra o HIV e as IST em foco

  • Foto do escritor: Pimenta Rosa
    Pimenta Rosa
  • 13 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura

Campanha nacional destaca prevenção, tratamento e direitos das pessoas vivendo com HIV/Aids, reforçando a importância de combater o estigma e promover a inclusão social.


O Dezembro Vermelho, instituído pela Lei nº 13.504/2017, marca um mês de mobilização nacional para enfrentar o HIV, a Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). A campanha busca conscientizar a população sobre a prevenção, ampliar o acesso ao tratamento e proteger os direitos das pessoas soropositivas. O mês é simbolizado por ações como a iluminação de prédios públicos com luzes vermelhas, palestras, atividades educativas, campanhas de mídia e eventos em todo o país. As iniciativas visam não apenas a prevenção, mas também a redução do estigma, um dos maiores desafios para o enfrentamento do vírus.


Embora os avanços na medicina tenham transformado a vida das pessoas vivendo com HIV, os números ainda preocupam. Segundo o infectologista Rico Vasconcelos, no evento ‘HIV/AIDS: Conhecendo os direitos das pessoas e celebrando os avanços da medicina’, promovido pelo Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+, os casos de HIV/Aids caíram 39% mundialmente entre 2010 e 2023. No entanto, a América Latina registrou um aumento de 9% nas novas infecções no mesmo período, destacando a necessidade de ações mais intensas na região.


Em São Paulo, houve uma redução significativa de 55% nos casos entre 2018 e 2024, um exemplo de que políticas públicas bem estruturadas podem fazer a diferença. No entanto, a meta global da ONU de erradicar o HIV até 2030 encontra obstáculos no aumento das infecções em regiões vulneráveis e na persistência do estigma.


O estigma em torno do HIV/Aids ainda afasta muitas pessoas do diagnóstico precoce e do início do tratamento. Para Beto de Jesus, Country Manager da AHF Brasil, combater o preconceito é tão importante quanto a distribuição de medicamentos.


'Quanto mais rápido o tratamento é iniciado, menor a chance de transmissão do vírus. Mas o estigma impede que muitos procurem ajuda', afirmou durante o evento.


Além disso, o preconceito agrava desigualdades sociais e dificulta o acesso a serviços de saúde. Racismo, homofobia e a falta de políticas inclusivas tornam a prevenção e o tratamento inacessíveis para populações vulneráveis.


Os medicamentos antirretrovirais, distribuídos gratuitamente pelo SUS, têm se mostrado eficazes no controle do vírus. Com o tratamento adequado, pessoas vivendo com HIV podem ter qualidade de vida e não transmitir o vírus. No entanto, o número de novas infecções demonstra a necessidade de ampliar o acesso à prevenção combinada, que inclui preservativos, testagem regular, profilaxia pré e pós-exposição ao HIV e educação sexual.


A campanha Dezembro Vermelho reforça que enfrentar o HIV/Aids vai além da medicina: envolve mudar percepções e atitudes. Ariadne Ribeiro, do UNAIDS, destacou que a inclusão da diversidade é essencial para o sucesso dessa luta. 'Que possamos falar das diferenças sem estigmas e incluir mais pessoas diversas nos diálogos e nos espaços de decisão', afirmou.

 
 
 

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