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  • Foto do escritorElen Genuncio

Escola de Nova York censura estudante gay

Tyler Johnson usou a rede social para denunciar a atitude do diretor


Ao assumir sua sexualidade no jornal Knight Insight de sua escola em Syracuse, Nova York, o jovem Tyler Johnson não imaginava a repercussão que geraria. Aos 17 anos, o estudante foi selecionado para ser destaque na série Senior Spotlight, e decidiu contar os desafios que enfrentou ao assumir ser gay.


O maior desafio que enfrentei foi crescer gay e me assumir. Eu tive que aprender a me sentir confortável em minha própria pele e a permanecer forte durante o bullying e todas as experiências negativas que tive enquanto tentava navegar pela vida’, escreveu, e em um TikTok, concluiu: ‘então minha escola é homofóbica’.


‘Você não pode dizer que é gay’


Johnson procurou um advogado e relatou o ocorrido. Ele disse que não esperava que o diretor da Tully High School, Mike O'Brien, o chamasse em seu gabinete e pedisse para ‘reescrever sua história: especificamente, a parte sobre os desafios que ele enfrentou, a parte em que ele é gay’. Johnson disse que O'Brien justificou, dizendo: ‘Você não pode dizer que é gay ou que superar o bullying é sua conquista’.


Quando Johnson o questionou, O'Brien respondeu dizendo que não era nada pessoal e era apenas devido à política da escola. Johnson retrucou, afirmando ao diretor que preferia que o jornal da escola não publicasse o artigo, em vez de fazer qualquer alteração. Mike O'Brien se recusou a recuar quando a mãe de Johnson pediu uma explicação, repetindo que ele não podia ir contra a política formal do distrito.


Johnson frustrado com o incidente


Apesar da resposta da comunidade Tully ser imediata, esmagadora e solidária, o encontro homofóbico resultou em ansiedade severa, disse Johnson ao The Advocate. Ele contou que estava frustrado com todo a situação:


Você acha que estamos progredindo e então algo assim acontece e você percebe que não estamos tão longe quanto pensamos’, desabafou.


De acordo com a última pesquisa de 2021 do The Trevor Project, 42% dos jovens LGBTQI, de 12 a 17 anos, consideraram seriamente o suicídio. Já o levantamento da LGBTIQ+ Health Australia, também em 2021, aponta que 59,1% dos jovens LGBTIQ de 16 a 17 anos relataram ter tido ideação suicida nos últimos 12 meses em comparação com 11,2% na população geral. Na Austrália, o departamento da procuradora-geral Michaelia Cash, além de confirmar o direito das escolas religiosas de demitir professores por suas opiniões sobre sexualidade sob a Lei de Discriminação Religiosa, revisada pelo governo Federal, deixou a porta aberta para mudanças na Lei de Discriminação Sexual, destinada a salvaguardar estudantes LGBTQI.

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