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Hungria mergulha no autoritarismo com proibição de eventos LGBTQIA+

  • Foto do escritor: Pimenta Rosa
    Pimenta Rosa
  • 19 de mar.
  • 2 min de leitura

Novo ataque de Orbán aos direitos humanos escancara projeto reacionário em curso



O governo de Viktor Orbán deu mais um passo rumo ao autoritarismo ao aprovar emenda que proíbe eventos LGBTQIA+ na Hungria, incluindo a tradicional marcha do orgulho. O texto, aprovado pelo Parlamento húngaro com 136 votos a favor, impõe multas a manifestantes e prevê até o uso de reconhecimento facial para identificar infratores. Trata-se de mais um episódio na cruzada reacionária do premiê, que usa o pretexto da 'proteção infantil' para instituir um regime de censura e perseguição à população LGBTQIA+.


A aprovação da medida não é um fato isolado. Desde 2021, Orbán já havia proibido a chamada 'promoção da homossexualidade' para menores de 18 anos, abrindo caminho para censura de livros, criminalização de casais homoafetivos e o fortalecimento da vigilância estatal sobre a comunidade LGBTQIA+. Agora, a nova legislação eleva o nível da repressão, ao restringir qualquer tipo de reunião que 'promova ou exiba a mudança de sexo de nascimento ou homossexualidade', punindo organizadores e participantes com multas de até 500 euros.


O endurecimento do discurso contra minorias ocorre em um contexto claro de manipulação política. A dois anos das eleições de 2026, Orbán radicaliza sua retórica para consolidar apoio entre setores ultraconservadores, reforçando seu projeto autoritário. Além do ataque à comunidade LGBTQIA+, o governo anunciou recentemente restrições ao financiamento de mídias independentes e ONGs que atuam em defesa dos direitos humanos.


A imposição de medidas repressivas, somada ao uso de tecnologia de vigilância estatal contra cidadãos que se manifestam por direitos básicos, revela um governo que flerta perigosamente com práticas totalitárias. Se o Parlamento húngaro aprova leis que violam abertamente os direitos humanos e desafiam normas da União Europeia, o silêncio e a inação da comunidade internacional apenas reforçam a impunidade de Orbán. A Hungria, que já foi um símbolo de resistência à opressão no século XX, agora se torna um laboratório de retrocessos autoritários.


O ataque aos direitos LGBTQIA+ não é apenas um problema interno da Hungria, mas um sinal de alerta para todos aqueles que defendem a democracia. O fascismo, como alertou o porta-voz da Marcha do Orgulho de Budapeste, Máté Hegedűs, não pode ser normalizado sob o disfarce de proteção à infância. Diante da escalada autoritária de Orbán, a resposta não pode ser a omissão.

 
 
 

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@2022 By Jornal Pimenta Rosa

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