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Jaqueline Gomes de Jesus recebe o Diploma Bertha Lutz da senadora Zenaide Maia

  • Foto do escritor: Pimenta Rosa
    Pimenta Rosa
  • 27 de mar.
  • 4 min de leitura

Primeira mulher trans a ser condecorada com o Diploma Bertha Lutz, Jaqueline se destaca pela defesa dos direitos humanos e pela inclusão social. A cerimônia de entrega do Diploma Bertha Lutz foi transmitida ao vivo pelo canal oficial do Senado.



O Senado Federal foi palco na manhã de hoje (27) de uma justa e simbólica homenagem: Jaqueline Gomes de Jesus, escritora, professora e primeira gestora do sistema de cotas para negros da Universidade de Brasília (UnB), recebeu o Diploma Bertha Lutz. Indicada pela senadora Zenaide Maia (PSD-RN), Jaqueline é a primeira mulher trans a ser laureada com a condecoração, que reconhece mulheres que se destacam na luta pelos direitos femininos e pela promoção da igualdade de gênero no Brasil.


O Diploma Bertha Lutz, criado em 2001, reflete a diversidade de atuações femininas em diversas áreas, desde a política e ciência até o empreendedorismo e o ativismo social. Nesta edição, 19 mulheres foram agraciadas, reforçando o papel transformador das líderes femininas na construção de uma sociedade mais justa.


Uma Vida Dedicada à Inclusão e Às Lutas Sociais

Durante visita ao gabinete da senadora Zenaide Maia nesta quarta-feira (26), Jaqueline expressou sua honra ao receber a premiação, destacando a força simbólica do diploma para sua história pessoal e para o Brasil.


'Bertha Lutz é uma referência como grande sufragista e feminista: fez história na época dela, mesmo nunca reconhecida por muito tempo no país. Receber este diploma significa não só olhar o brilho dessas grandes mulheres, mas dar valor a vidas que não foram reconhecidas e a vozes que foram apagadas', declarou Jaqueline, que também é mestra e psicóloga pela UnB, além de representante do movimento negro e da comunidade trans.


Zenaide Maia, por sua vez, frisou a importância da educação na construção de uma democracia plural:


'A trajetória de Jaqueline, primeira mulher trans a se formar como doutora na Universidade de Brasília, é um exemplo inspirador para todos nós. É uma mulher que vence com talento brilhante e prova que todas as pessoas podem sonhar e merecem alcançar seus objetivos. Todos somos iguais perante a lei, e esse preceito da Constituição Federal nos guia rumo a uma nação livre e solidária', destacou a senadora.

Homenagem com raízes no RN

Jaqueline também ressaltou sua ligação simbólica com o Rio Grande do Norte, estado da senadora Zenaide Maia e da falecida professora e doutora Leilane Assunção (1981-2018), da UFRN: 'A senadora Zenaide, uma guerreira dentro da realidade de sua terra, olhou com olhos de Brasil ao me conceder esta homenagem. Eu me sinto acarinhada pelo Rio Grande do Norte. Sou a primeira mulher trans a receber o Diploma Bertha Lutz. E por meio de uma parlamentar do Estado de Leilane, uma mulher trans que faz muita falta, que morreu sentindo a falta de reconhecimento na universidade e foi nossa grande referência trans para a academia', declarou Jaqueline.


Reconhecimento e Diversidade

O Diploma Bertha Lutz também premiará outras mulheres com trajetórias marcantes, como a escritora Conceição Evaristo, a neurocientista Lúcia Willadino Braga e as atrizes Fernanda Montenegro e Fernanda Torres. In memoriam, será homenageada Antonieta de Barros, primeira mulher negra a ser eleita deputada no Brasil.


Jaqueline reforçou que a educação e as políticas de inclusão são fundamentais para a visibilidade das populações marginalizadas. Como primeira gestora do sistema de cotas para alunos negros na UnB e idealizadora do Centro de Convivência Negra (CCN), ela relembrou os desafios superados.


'Implantamos as cotas para alunos negros na UnB em 2003, antes mesmo da lei de cotas. O Diploma Bertha Lutz é um espaço de reconhecimento para darmos visibilidade às nossas ancestrais negras, à população LGBT e às populações periféricas, para que não tenhamos mais tantas histórias de vida apagadas', salientou.


Lista Completa das Agraciadas


  • Ani Heinrich Sanders – Produtora rural do estado do Piauí, indicada pela senadora Jussara Lima (PSD-PI)

  • Antonieta de Barros (in memoriam) – Primeira mulher negra a ser eleita deputada no Brasil, pelo estado de Santa Catarina. Foi indicada pela senadora Ivete da Silveira (MDB-SC)

  • Bruna dos Santos Costa Rodrigues – Juíza no Tribunal de Justiça do estado do Ceará, indicada pela senadora Augusta Brito (PT-CE)

  • Conceição Evaristo – Escritora e membro da Academia Mineira de Letras, indicada pela senadora Teresa Leitão (PT-PE)

  • Cristiane Rodrigues Britto – Advogada e ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Foi indicada pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF)

  • Elaine Borges Monteiro Cassiano – Reitora do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), indicada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS)

  • Elisa de Carvalho – Pediatra, professora universitária e membro da Academia de Medicina de Brasília, indicada pela senadora Dra. Eudócia (PL-AL)

  • Fernanda Montenegro – Atriz, indicada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre

  • Fernanda Torres – Atriz e escritora, indicada pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA)

  • Janete Ana Ribeiro Vaz – Empreendedora e cofundadora do Grupo Sabin, indicada pela senadora Leila Barros (PDT-DF)

  • Jaqueline Gomes de Jesus – Escritora, professora e primeira gestora do sistema de cotas para negros da Universidade de Brasília (UnB). Foi indicada pela senadora Zenaide Maia (PSD-RN)

  • Joana Marisa de Barros – Médica mastologista e imaginologista mamária no estado da Paraíba, indicada pela senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB)

  • Lúcia Willadino Braga – Neurocientista e presidente da Rede Sarah, indicada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre

  • Maria Terezinha Nunes – Coordenadora da Rede Equidade e ex-cordenadora do Programa Pró-equidade de Gênero e Raça do Senado. Foi indicada pela Bancada Feminina

  • Marisa Serrano – Ex-senadora, indicada pela senadora Tereza Cristina (PP-MS)

  • Patrícia de Amorim Rêgo – Procuradora de Justiça do Ministério Público do Estado do Acre, indicada pelo senador Sérgio Petecão (PSD-AC)

  • Tunísia Viana de Carvalho – Mãe de Haia (caso de subtração internacional de criança) e ativista dos direitos maternos e infantojuvenis, indicada pela senadora Mara Gabrilli (PSD-SP)

  • Virgínia Mendes – Filantropa e primeira-dama de Mato Grosso, indicada pela senadora Margareth Buzetti (PSD-MT)

  • Viviane Senna – Filantropa e presidente do Instituto Ayrton Senna, indicada pela senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO)

 
 
 

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