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José Araújo: 52 anos de arte, afeto e resistência no palco da vida

  • Foto do escritor: Pimenta Rosa
    Pimenta Rosa
  • há 7 horas
  • 3 min de leitura

Com carreira consolidada no teatro e no cinema, o ator aposta agora no curta “Atenção Primária” e celebra sua presença no longa “Proteção”.

Fotos divulgação
Fotos divulgação

É impossível falar da história recente das artes cênicas no Brasil sem mencionar José Araújo. Com 52 anos de carreira, ele é desses artistas que caminham com elegância entre o teatro, o cinema e a música, entregando, em cada projeto, emoção, verdade e compromisso com a cena. A publicação desta matéria tem um significado ainda mais especial: neste 4 de julho, dia em que José Araújo celebra mais um ano de vida. Uma data simbólica para homenagear não apenas o artista de trajetória sólida, mas o ser humano generoso e comprometido com a arte, com as histórias do povo e com a cultura negra brasileira.


Com o brilho de quem nunca perdeu a paixão pela arte, Araújo se prepara para viver mais um personagem que promete tocar o coração do público: Sérgio, protagonista do curta-metragem Atenção Primária, atualmente em campanha de financiamento coletivo para sua finalização.


“O teatro me formou como homem e artista. Comecei no Renascença Clube, participei de montagens inesquecíveis, viajei o país e estive até em Portugal fazendo Nelson Rodrigues”, relembra. Araújo carrega em sua bagagem espetáculos marcantes e um repertório que mescla memória afetiva, crítica social e cultura negra.

Em 2024, participou de três curtas — incluindo Memórias com Vista para o Mar, com direção de Marton Olimpio — e está escalado para o longa Solina, de Larissa Fernandes, que será rodado em Goiás. “Serei o Pai Acô, fundador de uma comunidade quilombola na Chapada dos Veadeiros. Estou muito animado com esse trabalho. É um desafio que me move”, revela.


Além desses projetos, José integra o elenco do longa-metragem Proteção, dirigido por Alberto Sena, uma produção independente que levou cerca de três anos para ser concluída.


O longa aborda temas importantes como racismo estrutural e reparação racial. A história acompanha o cientista Tarik, que retorna ao Brasil e se envolve em uma guerra.


“É um filme potente, com um elenco majoritariamente negro. Esse tempo de maturação mostra o quanto é desafiador fazer cinema fora dos grandes circuitos, mas também o quanto é possível construir uma obra coletiva com muita garra e afeto”, afirma.



Mas é Atenção Primária que tem tirado seu sono — e enchido de sonhos. O projeto nasceu da atriz Joelma Santana, sua parceira de cena, com roteiro e direção de Daniel Lobo. A história gira em torno do encontro entre Ana, enfermeira do SUS, e Sérgio, um homem de meia-idade, marcado por vivências intensas e o peso do abandono. “É um filme que fala sobre cuidado, solidão e resistência. As pessoas vão se identificar — quem nunca viu um vizinho ou parente com o perfil do Sérgio ou da Ana?”, diz.


A produção foi iniciada com recursos próprios e apoio de vizinhos e amigos. Mas para finalizá-la, a equipe precisa de apoio. “Cinema exige estrutura. Mesmo em um curta pequeno, é necessário som, câmera, luz, figurino. E é por isso que abrimos a campanha: queremos fazer esse filme acontecer”, reforça.


Além de “Atenção Primária”, José tem se dedicado a outras iniciativas que ampliam sua atuação: oficinas de teatro na UERJ, projetos de música e o monólogo em homenagem ao líder negro João Cândido, que ele pretende retomar em breve. “A arte me acompanha desde sempre. Continuo acreditando que o palco pode transformar.”


Sobre o impacto que espera do filme, ele é direto:


“Quero que o público se emocione, que pense, que veja a si mesmo na tela. Que Atenção Primária não fique só entre quatro paredes, que vá para os festivais, que circule, que toque as pessoas.”


COMO APOIAR O FILME ATENÇÃO PRIMÁRIA



 
 
 

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@2022 By Jornal Pimenta Rosa

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