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  • Foto do escritorPimenta Rosa

Polícia Federal terá que esclarecer sobre cancelamento de festa de Iemanjá na Zona Portuária do Rio

Os organizadores foram obrigados a transferir a homenagem da Rainha do Mar para a Praça Quinze. A ação foi considerada um ato de intolerância religiosa.



A Prefeitura do Rio, através da Coordenadoria da Diversidade Religiosa, pretende se reunir com a Superintendência da Polícia Federal do Rio, para cobrar esclarecimentos sobre a transferência da tradicional festa em homenagem à Iemanjá do Píer Mauá, na Zona Portuária para a Praça Quinze.


Celebrada no dia 2 de fevereiro, a divindade é associada à água e ao mar nas religiões de matrizes africana, e padroeira de pescadores. Seu nome tem origem nos termos do idioma africano Yorubá ‘Yèyé omo ejá’, que significa ‘Mãe cujos filhões são como peixes’. No sincretismo religioso, Iemanjá corresponde a Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Piedade e Virgem Maria.


Segundo integrantes da Associação Recreativa Cultural Filhos de Gandhi, os barcos que levavam flores e outras oferendas foram impedidos de atracar no Porto. A ação foi vista como mais um caso de intolerância religiosa.


Diante da acusação dos organizadores, o babolorixá Márcio de Jagun, coordenador da Coordenadoria Executiva de Diversidade Religiosa (CEDR), decidiu marcar uma reunião com representantes da Polícia Federal para esclarecer o que motivou a ordem de impedir a realização do evento no local.


‘Nenhum cerceamento à liberdade de credo e culto pode ser concebida em um Estado laico. Nunca houve essa restrição nas festas tradicionais à Iemanjá em nossa cidade. O Rio é diverso e é livre. Vamos nos reunir com a Polícia Federal, com urgência, para apurarmos e resolvermos essa questão’, afirmou Márcio de Jagun.



A CEDR foi criada nesta gestão do prefeito Eduardo Paes para destacar o direito à liberdade de crença e religião de todos os cariocas, com fundamento na cidadania e na dignidade da pessoa humana.

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