STF reafirma o direito de falar sobre gĂȘnero e diversidade nas escolas
- Pimenta Rosa
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DecisĂŁo unĂąnime derruba leis municipais que tentavam censurar temas ligados Ă orientação sexual e identidade de gĂȘnero. Mais do que uma questĂŁo jurĂdica, o julgamento simboliza um avanço civilizatĂłrio: o direito de aprender e ensinar sem medo, com empatia e com verdade.

O Supremo Tribunal Federal deu um passo importante pela liberdade e pela inclusĂŁo. Por unanimidade, os ministros da Corte anularam trĂȘs leis municipais que proibiam a menção aos termos âgĂȘneroâ e âorientação sexualâ nas escolas pĂșblicas de TubarĂŁo (SC), Petrolina (PE) e Garanhuns (PE).
A decisĂŁo reafirma que nenhum municĂpio pode impor censura sobre o que Ă© ensinado e que a educação deve refletir a pluralidade da sociedade brasileira. Para o relator, ministro Alexandre de Moraes, essas leis representavam uma violação direta Ă Constituição, que garante o pluralismo de ideias, o respeito Ă s diferenças e o combate Ă discriminação.
âA escola Ă© um espaço de formação cidadĂŁ, nĂŁo de intolerĂąncia. Falar sobre gĂȘnero e diversidade Ă© ensinar respeitoâ, afirmou Moraes
Com o entendimento do STF, as trĂȘs cidades terĂŁo de rever seus planos de educação e garantir que temas ligados Ă diversidade, aos direitos humanos e Ă igualdade estejam presentes no ambiente escolar â sem medo, sem silenciamento.
OrganizaçÔes de direitos humanos e movimentos LGBTQIA+ comemoraram a decisão como uma vitória da democracia e da liberdade de expressão.
âĂ um reconhecimento de que a escola precisa acolher todas as existĂȘncias. Silenciar sobre gĂȘnero Ă© negar a realidade de milhĂ”es de estudantesâ, afirma a professora e ativista Maria do Carmo Ribeiro.
A decisĂŁo tambĂ©m reforça a importĂąncia da educação como ferramenta de combate Ă violĂȘncia e ao preconceito, especialmente em um paĂs que ainda registra altos Ăndices de discriminação contra pessoas LGBTQIA+.

