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"Tributo a Nelson Sargento" encerra centenário do mestre da Mangueira com música, memória e arte

  • Foto do escritor: Pimenta Rosa
    Pimenta Rosa
  • 22 de jul.
  • 4 min de leitura

Espetáculo no Teatro Rival Petrobras reúne Agenor de Oliveira, Paulão 7 Cordas e grandes nomes da MPB para celebrar o legado do sambista; noite também terá exposição com obras inéditas de sua fase como artista plástico


Foto divulgação
Foto divulgação

O ciclo de homenagens aos cem anos de Nelson Sargento terá seu encerramento oficial nesta quinta-feira (24), às 19h30, com o espetáculo “Tributo a Nelson Sargento”, no Teatro Rival Petrobras, no Rio de Janeiro. A noite será conduzida por Agenor de Oliveira — parceiro de composições do homenageado — e pelo diretor musical Paulão 7 Cordas, que prometem mais do que um show: uma celebração viva da trajetória artística, pessoal e filosófica de um dos maiores nomes do samba brasileiro.


Com produção de Camilo Árabe e Elfi Kurten, o evento contará com participações especiais das cantoras Áurea Martins, Nilze Carvalho e Ilessi, além do cantor Didu Nogueira e do cavaquinista Mestre Siqueira. Ao longo da apresentação, os artistas se revezam para interpretar clássicos como “Primavera”, “Falso amor sincero”, “Homenagem ao mestre Cartola”, “Agoniza mas não morre” e outras obras inéditas que estarão no disco póstumo em fase final de produção.


Entre os destaques da noite, o lançamento exclusivo do segundo single do projeto de inéditas que Nelson e Agenor vinham desenvolvendo desde antes da pandemia. Uma das faixas, “Saudade”, será apresentada ao público como um gesto de continuidade e afeto.


“Será um documento, mais do que um disco com perfeição digital. Vamos manter tudo o mais real possível”, afirma Agenor.

O tributo também prestará uma homenagem à companheira de vida do artista, Evonete Belizario Mattos, falecida em abril deste ano.


Além da música, o evento revelará outra faceta pouco conhecida do mestre: a de artista plástico. Uma breve exposição com obras de arte naïf de Nelson Sargento será instalada nos espaços do teatro, reunindo quadros inéditos e pertencentes a acervos particulares.


“A força da pintura de Nelson Sargento está exatamente na simplicidade com que retrata o cotidiano carioca. Ele expressa a alma de um povo miscigenado e festivo”, destaca o poeta Álvaro Nassaralla.


"Tributo a Nelson Sargento" será mais do que uma despedida; será um reencontro com a herança viva de um artista que ensinou o Brasil a pensar e sentir através do samba.



Nelson Sargento: o mestre que cantou, pintou e escreveu o Brasil

Mais do que um ícone do samba, Nelson Sargento foi um artista completo. Compositor, cantor, pintor, ator, poeta, escritor e pesquisador da música popular brasileira, marcou profundamente a história cultural do país.


Nascido em 1924, no Rio de Janeiro, e criado no Morro da Mangueira, compôs mais de 400 canções, interpretados por nomes como Paulinho da Viola e Beth Carvalho. Entre os clássicos estão “Agoniza mas não morre”, “Falso moralista” e “Cântico à natureza”.


Presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira, onde também liderou a ala de compositores, Nelson foi discípulo direto de Cartola e integrou grupos lendários como A Voz do Morro e Os Cinco Crioulos. Sua estreia fonográfica solo só ocorreu aos 55 anos, com o álbum “Sonho de Sambista”, lançado em 1979 após o sucesso de sua música na voz de Beth Carvalho.


Paralelamente à música, Nelson Sargento também se expressou pelas artes visuais e pela literatura. Suas pinturas, de forte influência naïf, retratam o cotidiano carioca e o universo popular com simplicidade e poesia.


Como escritor, lançou os livros "Prisioneiro do mundo" e "Pensamentos". No cinema, participou de produções como "Orfeu", "O Primeiro Dia", e foi tema do documentário "Nelson Sargento da Mangueira".


Mesmo enfrentando dificuldades financeiras e o preconceito que acompanhava o samba por décadas, nunca deixou de defender o gênero como pilar da cultura nacional:


“Se você não espalhar o que viu, a história não anda. O samba é um grande delator”, dizia.

Nelson Sargento faleceu em 27 de maio de 2021, aos 96 anos, vítima da Covid-19 e de comorbidades. Seu legado, no entanto, segue mais vivo do que nunca nas melodias, nas telas e nas palavras que ajudaram a construir o imaginário da música popular brasileira.



Sobre o single "Saudade"

Ficha técnica

Título: Saudade

Gênero: Samba

Autoria: Nelson Sargento e Agenor de Oliveira

Arranjo e direção musical: Paulão 7 Cordas

Direção artística: Agenor de Oliveira

Produção fonográfica: Olho do Tempo

Voz: Nelson Sargento

Coro: Paulão 7 Cordas; Nilze Carvalho; Léo Pereira; Ronaldo Gonçalves

Violão 7 Cordas: Paulão 7 Cordas

Violão 7 Cordas: Ramon Araújo

Cavaquinho: Léo Pereira

Trombone: Marlon Sette

Pandeiro: Bidu Campeche

Percussão Geral: Waltis Zacarias

Gravado no Estúdio Da Warner Chapell (RJ), por Cezar Delano e Gravado e Mixado no Estúdio Umuarama (RJ), por Ricardo Calafate.

Lançamento: 25 de julho 2025

Distribuição digital: Tratore




Serviço:

"Tributo a Nelson Sargento"

  • Com: Agenor De Oliveira - voz e direção artística e Paulão 7 Cordas - violão, voz e direção musical

  • Participações especiais: Áurea Martins, Nilze Carvalho, Ilessi e Didu Nogueira (voz) e do cavaquinista Mestre Siqueira

  • Músicos: Ramon Araújo - violão 7 cordas/ Léo Pereira – cavaquinho/ Tiago Souza – bandolim/ Marco Basílio e Bidu Campeche – percussão

  • Data e horário: 24 de julho (quinta-feira), às 19h30

  • Local: Teatro Rival Petrobras – Rua Álvaro Alvim, 33 - Subsolo, Cinelândia, Rio de Janeiro/RJ

  • Ingressos: R$ 50 a R$ 120

  • Vendas: Sympla ou na bilheteria

  • Mais informações: @nelsonsargento.memorial





 
 
 

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