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  • Foto do escritorPimenta Rosa

Vacinação maciça contra Covid-19 na Inglaterra garante retorno do Turismo

Pensando nessa retomada, preparem as malas e anotem seis locais reconhecidos pela Grã-Bretanha por sua importância para a história do movimento gay na região



Quando a pandemia de Covid-19 foi decretada pela Organização Mundial de Saúde – OMS em março de 2020, fronteiras foram fechadas, restrições ao fluxo mundial de passageiros impostas. Com isso, hospedagens, atrativos turísticos, restaurantes, espaços culturais foram fechados; voos, eventos, negócios, viagens e serviços, cancelados ou adiados.


A nova realidade afetou diversos setores da economia, com destaque para o turismo, fortemente abalado pelas restrições impostas como forma de conter a proliferação do novo coronavírus. Estudo da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento – UNCTAD estima que prejuízo pode chegar a 4 trilhões de dólares. No Brasil, as atividades turísticas já somam um prejuízo de mais de R$ 320 bilhões.


A boa notícia é que com o avanço dos planos de vacinação contra Covid-19 e a adoção de novos protocolos de segurança, as atividades turísticas já iniciam sua retomada gradual. Pensando nessa retomada, já podemos planejar nossas viagens. Então, anotem seis locais reconhecidos pela Grã-Bretanha por sua importância para a história gay.


A seleção foi elaborada pela Historic England, órgão inglês que designa lugares merecedores de proteção legal:


Túmulo de Amelia Edwards

Escritora, musicista e fundadora da egiptologia no cemitério da Igreja de Santa Maria, em Bristol, Amelia Edwards e sua parceira, Ellen Braysher, viviam na cidade vizinha de Weston-super-Mare, onde Edwards morreu de pneumonia em 1892, poucos meses após a morte de Braysher.


Burdett-Coutts Memorial em St. Pancras Gardens

O memorial comemora, entre outros, Chevalier d'Eon, que foi um espião e diplomata francês no século 18. Um pequeno aristocrata da Borgonha, Chevalier foi enviado à Rússia como espião, lutou na Guerra dos Sete Anos e ajudou a negociar o tratado que pôs fim à guerra entre a Grã-Bretanha e a França. Viveu a primeira parte de sua vida como homem e as últimas décadas como mulher. A história notável inspirou arte, peças e estudos. O memorial é feito de calcário, granito e mármore, inclui um relógio de sol e é construído no alto estilo vitoriano.


Oscar Wilde

Na casa da 34 Tite Street, no bairro de Chelsea, em Londres, Oscar Wilde morou com sua esposa, Constance Lloyd, e seus dois filhos de 1884 até seu julgamento por ‘indecência grosseira’ em 1895. Condenado por fazer sexo com homens, Wilde foi sentenciado a dois anos de trabalhos forçados. A lei pela qual ele foi condenado não foi revogada até 2003. A casa, que tem uma placa azul do lado de fora, ainda é uma residência privada.


Benjamin Britten

Na Red House, em Aldeburgh, uma cidade na costa leste da Inglaterra, Benjamin Britten e seu parceiro, o tenor Peter Pears, viveram juntos lá de 1957 até a morte de Britten em 1976. A casa, administrada pela Fundação Britten-Pears, é aberta ao público.


Anne Lister

Shibden Hall, em Halifax, West Yorkshire, era a casa de Anne Lister, uma proprietária de terras que mantinha diários, parte deles em código, sobre seus relacionamentos com as mulheres. Ela morou na casa por vários anos com sua parceira, Ann Walker.


‘Arquitetura queer’

Em Chertsey, uma cidade suburbana de Surrey, fica St. Ann’s Court, que a Historic England classifica como um exemplo de "arquitetura queer". A casa de concreto, construída entre 1936 e 1937, foi a residência de Gerald Schlesinger e Christopher Tunnard, um casal gay que projetou o imóvel em resposta às leis que tornavam o sexo homossexual um crime, mesmo na privacidade de seu lar. O quarto principal da casa pode ser separado em dois, promovendo aos visitantes a imagem de que os dois homens dormem separadamente. Phil Manzanera, guitarrista da banda de rock Roxy Music, posteriormente morou na casa.

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