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  • Foto do escritorPimenta Rosa

Viradouro canta a alegria do Carnaval, depois de um ano de pandemia,em 1919

Escola fará uma homenagem ao grande Carnaval de 1919, após a Gripe Espanhola, fazendo um paralelo com o ano de amargura vivido agora pelos sambistas



A Unidos do Viradouro levará para a Passarela do Samba, neste Carnaval, uma homenagem a própria festa, fazendo um paralelo entre o desfile deste ano e o 'maior Carnaval de todos os tempos', em 1919, quando o mundo exorcizou a Gripe Espanhola. Não há Tristeza que Possa Suportar Tanta Alegria será uma celebração da vida e da alegria e promete ser a grande catarse dos sambistas, depois de quase dois anos de incertezas e silêncio.


Apresentado pelo Pierrot, uma das mais clássicas figuras da Folia, o desfile mostrará a grande festa e fará uma homenagem ao centenário bloco Cordão do Bola Preta. O enredo, assinado pelos carnavalescos Tarcísio Zanon e Marcos Ferreira, vai pontuando momentos inesquecíveis daquele grande desfile. Para os carnavalescos, em 2022 também haverá essa grande euforia.


Confino a tristeza, me despeço das trevas. Rompo o isolamento de uma infinda solidão. Calçadas testemunham passos contidos, janelas se entreabrem. Inebrio-me com os ares do Marca-meu-Coração. A Casa das Fazendas Pretas retira os fardos de um luto elegante, que vestiu a dor dos últimos tempos – em seu lugar o lume dos brocados, das rendas e cetins. Entrelaço o olhar nas fitas métricas da Boutique Le France, recebendo os primeiros foliões. Céu desenhado por varais de ventarolas da Casa Buis, na Rua do Ouvidor. A nova dama do cabaré se faz presente nas esquinas da Avenida Mem de Sá, seguindo o legado da cafetina Alice Cavalo de Pau, dizimada pela gripe. Sou um PIERROT em recesso das redações de jornais. Faço parte da nata da sociedade que se prepara para o último baile pré-carnavalesco do Clube dos Democráticos. Evoco a vingança da vida!



O desfile da vermelho e branco vai reviver os tradicionais banhos de mar à fantasia, quando foliões vestiam-se de papel crepom e levava o samba para as praias cariocas, blocos, ranchos, corsos e grandes sociedades, numa ode à alegria.


Adormeço em meio aos últimos foliões resignados: eram trapeiros que carregavam palmos de confetes e serpentinas de uma troça sem fim. Quarenta toneladas de uma folia que teve papel histórico. Retomar a vida pela alegria no maior carnaval de todos os séculos.


Pierrot e Colombina


A diretora Alice Fernandes transformou a rainha de bateria Erika Januza em colombina, e o ator Marcello Melo Jr. em pierrô, do casal apaixonado descrito no samba-enredo da escola.


O intérprete Zé Paulo Sierra, o mestre de bateria Ciça, e os casais de mestre-sala e porta-bandeira, Julinho Nascimento e Rute Alves, e Amanda Poblete e Jeferson Souza, puderam ser vistos na tela brincando o carnaval como se fosse o início do século passado. As musas Luana Bandeira e Bellinha Delfim também marcaram presença, assim como os carnavalescos, que viraram arlequins.


Assista aqui o clipe da escola.




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