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  • Foto do escritorPimenta Rosa

Workshop em Constelação Familiar acontece neste sábado (18/6) em Maringá

Segundo o constelador sistêmico Erlei Antônio Vieira, ‘constelação familiar quer olhar para a vida do jeito que ela é, criando assim possibilidades para ser mais feliz’



Explorar o tema da sexualidade, identidade sexual e de gênero a partir de uma abordagem sistêmica fenomenológica, segundo Bert Hellinger, fundador da Constelação Familiar. Este é o objetivo do workshop que acontece neste sábado (18/6) na Sala de Capacitação Teórica da Sociedade Beneficente Muçulmana de Maringá (PR), promovido por Erlei Antonio Vieira, professor de Filosofia e Ensino Religioso, com formação acadêmica em pedagogia e mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica - PUC na área de Concentração de Pensamento Educacional Brasileiro e Formação Docente. Hoje dedica exclusivamente seu tempo às Constelações Familiares, sendo constelador sistêmico desde 2014. Em entrevista exclusiva para o Jornal Pimenta Rosa, explica o que é Constelação Familiar, como se procede e seus benefícios, em especial para a comunidade LGBT. Aluno de Peter e Tsuyuko Spelter - um dos primeiros professores a ministrar Formações em Constelações Familiares e Empresariais no Brasil – Erlei Vieira também trabalha com Constelação da Comunicação e PNL fenomenológico, que permite compreender melhor o funcionamento interno, identificar os modelos mentais, para que se possa questioná-los, refletir sobre eles e se é preciso ressignificá-los.


Por que você decidiu se dedicar a constelação familiar?

A minha dedicação as Constelações Familiares começou quando eu ouvi pela primeira vez as duas palavras (Constelação – Familiar) e algo aconteceu dentro de mim. A primeira pessoa que me falou foi uma psicóloga, a Amélia, que não me explicou o que era. Disse assim: ‘se você quer conhecer, você precisa participar’. Ela tinha razão. Eu fui participar. Quando eu me deparei com todo aquele movimento, com toda aquela dinâmica das Constelações Familiares, eu realmente fiquei encantado, maravilhado, principalmente no que fazia na postura que colocava na vida das pessoas depois das constelações familiares. Quinze dias depois comecei a formação com Peter e Tsuyuko Spelter, do Instituto de Filosofia Prática e lá encontrei um Erlei que até então não conhecia, do que estava dentro de mim, e a minha postura em relação à vida começou a mudar. Então, quando percebi que a minha postura estava mudando em relação a minha família, ao meu trabalho, aos meus alunos, em relação às coisas que eu fazia, que eu sonhava, percebi que trabalho maravilhoso, magnífico que muda. Falo isso com toda a minha consciência que transformou a minha vida, me fez olhar mais de perto para as minhas coisas e as minhas questões. Quando eu percebi, estava completamente envolvido com as Constelações Familiares. E assim decidi trabalhar com as constelações. Hoje eu me dedico exclusivamente a isso, a toda essa construção, essa dinâmica da vida.



Explique o que é Constelação Familiar e quais os seus benefícios.

As Constelações Familiares têm a abordagem sistêmico fenomenológica. Um dia o discípulo perguntou ao seu Mestre: ‘Mestre explique para nós, por favor, o que é fenomenologia’, e o Mestre simplesmente disse ‘se eu explicar o que é fenomenologia ela deixa de ser fenomenologia’. Fenomenologia não se explica, portanto aqui está um grande ponto de interrogação. Constelações Familiares não se explica, se vivencia, se mostram numa postura, numa postura dentro da ordem, do dar e tomar e do pertencimento. Bert Hellinger, criador das Constelações Familiares, dizia que ela é fenomenológica, portanto, é uma filosofia, está ligada a uma postura de vida. Essa postura é isso que eu acabei de dizer: a ordem; o dar e o tomar, e o pertencimento. A ordem, resumidamente, é quem chega primeiro tem precedência pelo outro; o dar e o tomar, eu faço, ele faz. O dar e o tomar tem uma abertura gigantesca, porque o dar e o tomar entre a família tem uma ideia, entre o pai e mãe tem uma ideia, entre amigos tem outra, no relacionamento tem outra ideia. Talvez em outra oportunidade nós poderíamos falar um pouco mais sobre a questão do dar e o tomar. Então, com a ordem, o dar e o tomar gera, cria um pertencimento, eu sinto, eu estou fazendo parte de tudo isso. Quando eu tenho essa consciência, essa minha postura, quais são os benefícios? Os benefícios olhados para a vida, tudo aquilo que a vida me dá eu tomo, eu pego para mim, eu uso isso. Então, quando começamos a usar as coisas que nos pertence, dentro da espiritualidade da vida humana, nós somos mais felizes. Nós nunca, também, nas Constelações familiares, esperamos um benefício, nós olhamos para a postura fenomenológica e essa postura fenomenológica nos coloca dentro do cotidiano da vida, da vida familiar, do trabalho, de onde nós estamos, do jeito que nós somos, nos colocando numa postura maior da vida.


Como as Constelações Familiares acontecem?

Ela pode acontecer de uma forma individual e em grupo. Na forma individual, podemos fazer um trabalho presencial com figuras, e em grupo nós fazemos um trabalho com pessoas no qual elas representam a situação, representa aquilo que o cliente traz para ser trabalhado, para ser apresentado. Vamos usar uma metáfora: vamos imaginar um rio, e quando eu entro no rio, eu entro no campo, eu entro com as minhas situações e eu deixo esse Rio me levar, me conduzir para um lugar que talvez eu não saiba onde. Este rio é a grande vida que me conduz. Então quando a Constelação Familiar é feita, nós entramos num campo da vida, no campo deste rio que nos conduz e, é claro, se mergulhar um pouco, mais profundamente, eu posso ver coisas que estão ocultas dentro desse rio, coisas que estão escondidas dentro desse rio, escondida do sistema familiar, talvez da minha vida, e eu vou tomar uma consciência. Quando eu vejo esse movimento dos representantes mergulhados neste rio, mergulhados neste campo, algo acontece comigo, algo acontece na minha alma. E assim eu posso olhar para a minha postura e ter uma postura diferente em relação ao tema que eu trouxe para ser trabalhado.


Como são as Constelações Familiares no universo da comunidade LGBT?

Bert Hellinger apresenta, dentro das Constelações Familiares, no universo LGBT, a homossexualidade como um destino. O homem gay, a mulher gay, em primeiro lugar reconhece o seu destino, reconhece quem ele é dentro desse destino. Isso é maravilhoso, mostrar que a homossexualidade, reconhecer que eu sou homossexual, reconhecer essa dimensão da homossexualidade dentro de mim como um destino, que me coloca dentro de uma dignidade e assumir essa dignidade. Realmente é uma tarefa muito especial: olhar esse destino com uma dignidade e assumir essa dignidade. Bert Hellinger também diz que esse não é um destino fácil, mas quando esse destino é assumido como uma verdade, é assumido com uma força, esta força será uma força especial. Então, dentro do universo LGBT, Bert nos convida a assumir o nosso destino, assumir esta força especial, que o homossexual. Não é um destino fácil, mas é um destino muito especial, é um destino muito lindo, é uma beleza. Então, quando isso acontece dentro de mim, quando essa postura fenomenológica acontece dentro de mim, também é evidente que a visão é sistêmica, chega para toda a família. Aqui é uma cura muito especial, há uma cura de amor, que muitas vezes não é reconhecida pela nossa sociedade, pelas famílias e até talvez por alguns homossexuais. Então, as Constelações Familiares nos convidam a olhar para esse destino difícil, mas cheio de força, uma força muito especial, um amor muito profundo, segundo Bert Hellinger, é respeitar este amor entre dois.


Além do workshop desse sábado, você está organizando outros?

Nós fazemos atendimentos aqui em Maringá. Temos um workshop marcado para o mês de julho. Para setembro, será em Apucarana e em novembro, em Pelotas. Decidimos também fazer no início do ano que vem sobre homossexualidade. O nome do curso será Sair do Armário: amor homossexual e dignidade. As organizadoras são Paula (53 98188-5480) e Vanessa (11 99425-7290).


SERVIÇO:



Workshop Constelações Familiares e Empresarias

Dia: 18 de junho (sábado)

Local: Sala de Capacitação Teórica da Sociedade Beneficente Muçulmana de Maringá – Rua Saadeddine Ali Wardani 26 – Jardim Guaporé – Maringá (PR)

Informações e inscrições: 44 9804-7874

Instagram e Facebook: Erlei Antonio Vieira


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