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  • Foto do escritorPimenta Rosa

Biofarmacêutica promove programa de conscientização de apoio ao acolhimento, inclusão e visibilidade

Atualizado: 1 de abr. de 2022

Em parceria com as ativistas Jacqueline Côrtes e Keila Simpson, a Gilead Sciences realizou uma capacitação para levar conhecimento aos colaboradores sobre a realidade da população trans na sociedade




Em 31 de março é comemorado o Dia Internacional da Visibilidade Trans, uma data que celebra o orgulho, a existência e a resistência dessas pessoas. Contudo, a realidade vivida por essa comunidade ainda é marcada por muita luta, desrespeito e vulnerabilidade. Em um esforço para mudar esse cenário, a biofarmacêutica Gilead Sciences criou o programa de capacitação interna Transmutando Vidas, que tem como objetivo capacitar colaboradores sobre os desafios de inserção da população trans na sociedade, desde questões sociais, familiares e de saúde, até à falta de apoio legal e o estigma enfrentado.


A capacitação interna foi realizada no ano passado e entre os assuntos abordados estavam: o histórico e marcos referenciais, ativismo e legislação, diversidade sexual e humana (identidades de gênero, orientação sexual -- mitos e realidades), direitos humanos (estigma, discriminação, violência), saúde e educação, geração de renda, trabalho e emprego, vida familiar, social, profissional e cultural.


Para criarmos uma aproximação com as pessoas trans, trouxemos 19 palestrantes com expertise nos assuntos abordados, entre eles 18 da comunidade LGBTQIA+, para a sensibilização dos colaboradores da Gilead e naturalização do olhar, principalmente no sentido de descontruir preconceitos e estigmas’, declara Marília Casseb, diretora de Assuntos Externos da Gilead Brasil.


A executiva destaca que a empresa quer expandir essa imersão para o público externo, proporcionando mais inclusão, acolhimento e visibilidade da população trans, a partir do entendimento das particularidades desse grupo por pessoas cisgênero. ‘Queremos nos unir a parceiros para aumentar o nível de conhecimento de vários públicos sobre a realidade enfrentada pelas pessoas trans e como juntos podemos colaborar na melhoria da condição de vida destes indivíduos. Pretendemos oferecer em primeiro lugar conhecimento, criar um ambiente confortável e de inclusão e, em seguida, oportunidades de emprego e geração de renda’, esclarece.


Participação das ativistas no programa interno


Entre as vozes presentes na capacitação as consultoras e ativistas Jacqueline Côrtes e Keila Simpson foram as líderes do Transmutando Vidas. A dupla protagonizou rodas de conversa e aulas para ajudar a transformar a percepção dos colaboradores em relação às pessoas trans, de forma a serem mais inclusivos. Cerca de 80% dos colaboradores da Gilead participaram ativamente do curso online. Entre os resultados, 95% dos participantes consideraram o conteúdo relevante e comentaram a importância de ter pessoas da população trans presentes no ambiente corporativo.


É importante que todos tenham conhecimento da necessidade de acolher, incluir e dar visibilidade. Quanto mais diversidade de pessoas tivermos, haverá menos preconceito e mais naturalização na convivência. Então, o Transmutando Vidas visa promover cidadania, inclusão, abertura do mercado de trabalho, formação de opinião e contribui com o movimento. Para mim, é gratificante e estimulante ver uma empresa do setor privado do porte da Gilead preocupada com a população trans. É uma esperança que as coisas podem mudar e que estamos no caminho certo’, comenta Jacqueline Côrtes.


Keila Simpson complementa que a iniciativa privada precisa de outras ações parecidas, mas que o mundo corporativo tem buscado formas de incluir a população LGBTQIA+.


Nem sempre as pessoas querem sair da sua zona de conforto ou se afetam com essas questões, mas desde que a gente começou notei que a Gilead realmente estava empenhada em desenvolver algo que fosse ficar para a história e não meramente passageiro. É importante ter essa abertura de espaço, e manter essa temática sempre em evidência. O que interessa nesse processo todo é saber respeitar o outro e humanizar essa população’, observa.


Perspectivas


E o interesse da empresa pela população trans não é recente. A empresa tem no seu portfólio remédios voltados para o tratamento do vírus HIV, que impacta majoritariamente a população trans e outros grupos escluídos da comunidade LGBTQIA+. Para o diretor geral da Gilead Brasil, Christian Schneider trabalhar a diversidade de forma interna é uma forma de preparar a empresa para futuramente ter posições de trabalho focadas nessa população.


Queremos que essas pessoas sejam respeitadas e que possam transitar em qualquer ambiente como qualquer um de nós, sem que sejam questionadas ou constrangidas. É um tema transversal que atravessa diversas áreas e queremos aos poucos quebrar os paradigmas internos e sermos capazes de construir um ambiente de acolhimento’, revela.

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