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Brasil lidera ranking mundial de mortes violentas contra a comunidade LGBT+

Foto do escritor: Pimenta RosaPimenta Rosa

Esta é a triste constatação do Dossiê de LGBTIfobia Letal, um alerta sobre a violência extrema enfrentada pela comunidade LGBT+ no Brasil e um chamado à ação para proteger e garantir os direitos desta população vulnerável.



No ano de 2023, o Brasil registrou um total de 230 mortes violentas de pessoas LGBT+, o que equivale a uma morte a cada 38 horas, conforme revela o Dossiê de LGBTIfobia Letal. Este relatório, produzido pelo Observatório de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil, e divulgado pelo portal GrafitiNews, posiciona o país como o líder mundial em assassinatos de pessoas LGBT+.


De acordo com o levantamento, 184 dessas mortes foram assassinatos, 18 suicídios e 28 causadas por outros motivos. A falta de dados governamentais é uma das principais barreiras para a compreensão completa da violência contra a comunidade LGBT+. A coleta de informações depende majoritariamente de registros em notícias de jornais, portais eletrônicos e redes sociais.


Esforço Coletivo e Metodologia

O Observatório de Mortes e Violências contra LGBTI+, criado em 2021, é uma colaboração entre três organizações da sociedade civil: Acontece Arte e Política LGBTI+, Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), e Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT). O relatório denuncia uma subnotificação dos casos devido à ausência de dados governamentais e à dependência das mídias para identificação das vítimas.


Estatísticas Alarmantes

Os dados detalham que, das 230 mortes violentas, 142 foram de mulheres trans e travestis, 59 de homens gays, e 80 vítimas eram pretas ou pardas. A faixa etária mais atingida foi a de 20 a 39 anos, com 120 mortes registradas. A maioria das mortes ocorreu no período noturno (69) e foi causada por arma de fogo (70).


Os estados com maior número de mortes foram São Paulo (27), Ceará (24) e Rio de Janeiro (24). Mato Grosso do Sul, Ceará, Alagoas, Rondônia e Amazonas lideram o ranking de violência quando analisado o número de vítimas por milhão de habitantes.


Impacto da LGBTIfobia Estrutural

O relatório destaca que a LGBTIfobia estrutural e institucional é um fator crítico que contribui para a alta taxa de suicídios entre pessoas LGBT+. Em 2023, foram registrados 30 suicídios, sendo 11 deles de pessoas trans. Este contexto evidencia os danos profundos à saúde mental causados pela discriminação e violência contínuas.


Conclusões e Chamado à Ação

Os organizadores do estudo enfatizam a necessidade de um esforço contínuo para medir e combater a violência contra a população LGBT+. A articulação do movimento LGBT+ tem sido crucial para aumentar a visibilidade dessas questões, apesar de a violência contra essa comunidade ser uma realidade histórica no Brasil.


O relatório apela para ações governamentais mais eficazes e para o reconhecimento da identidade de gênero e orientação sexual das vítimas em registros oficiais. Este reconhecimento é vital para implementar políticas públicas que protejam e promovam os direitos da comunidade LGBT+.


Leitura Recomendada

Para uma análise detalhada e completa, leia a íntegra do relatório do Observatório de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil no link <Brasil é o país com mais mortes LGBTI+ no mundo, segundo um relatório - Grafitti News :: Informação e Publicidade Legal>.



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@2022 By Jornal Pimenta Rosa

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