“Madrasta – Uma comédia envenenada” traz Maykon Renan e Inês Brasil ao palco do Teatro Miguel Falabella

Pimenta Rosa
12 de nov.
2 min de leitura

Sucesso em Angra dos Reis, espetáculo chega ao Rio em apresentação única nesta quinta-feira (13), revelando o outro lado dos contos de fada com muito humor e irreverência

E se a madrasta dos contos de fada resolvesse contar a sua versão da história? É essa a provocação de “Madrasta – Uma comédia envenenada”, espetáculo estrelado pelo ator e humorista Maykon Renan, que tem lotado teatros em Angra dos Reis e agora ganha os palcos cariocas. A apresentação única acontece nesta quinta-feira (13), às 20h, no Teatro Miguel Falabella, no NorteShopping.

Na trama, a célebre vilã decide lançar um livro-bomba para provar que nunca foi malvada — e que, na verdade, as princesas é que sempre foram as verdadeiras vilãs. Durante uma coletiva de imprensa repleta de confusões, ela expõe os bastidores dos contos clássicos e mostra que há sempre dois lados em toda história.

A montagem tem participação especial de Inês Brasil, que interpreta a espirituosa Fada das Neves, responsável por “colocar pimenta na maçã envenenada”. Com sua presença marcante, Inês promete arrancar gargalhadas e dar um toque ainda mais provocante à comédia.

Com 24 anos de carreira, Maykon Renan construiu trajetória sólida no teatro angrense, participando de diversos grupos e projetos culturais. Seu talento chamou atenção de grandes nomes do humor, entre eles Nany People, que se tornou madrinha artística do comediante.

A personagem “Madrasta” surgiu de forma inusitada. Originalmente criada para a peça Conto de Fadas, Maykon assumiu o papel de última hora, quando o ator principal adoeceu. “Tive que decorar 30 páginas em um dia e, claro, não consegui. O bordão da personagem nasceu do sinal que eu dava para os colegas me ajudarem com o texto”, conta, rindo da lembrança.

Após o sucesso inesperado, o ator decidiu escrever um texto exclusivo para a personagem e enviou à curadoria da Festa Internacional de Teatro de Angra (FITA). “Para minha surpresa, eles aprovaram o projeto. Foi uma loucura. Montei tudo em um mês e ainda me apresentei no palco principal, para um público de 1.500 pessoas. Foi surreal”, recorda.

Com humor ácido e crítica social, “Madrasta – Uma comédia envenenada” revisita os contos clássicos sob uma nova ótica: a da mulher rotulada, julgada e mal interpretada.

“Ela é o lado proibido de todos nós. Tudo o que você não pode falar – às vezes, por educação; às vezes, paciência – ela fala sem pudores”, resume o artista.