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  • Foto do escritorPimenta Rosa

Primeiro ano é crítico para a criação de um ambiente de trabalho inclusivo LGBTQIA+

Nova pesquisa do BCG descobre que os trabalhadores LGBTQIA+ que não saem durante os primeiros 12 meses das empresas onde trabalham têm pouca chance de fazê-lo



O primeiro ano de emprego é crítico para funcionários LGBTQIA+, com a grande maioria saindo neste período, de acordo com uma nova pesquisa e artigo do Boston Consulting Group (BCG). Essa conclusão tem implicações importantes para as empresas, pois os funcionários que se sentem confortáveis em compartilhar sua identidade no trabalho têm mais poder. O artigo, intitulado ‘Por que o primeiro ano é importante para funcionários LGBTQIA+’, destaca as descobertas do Out@Work Barometer, uma pesquisa global com cerca de 8.800 pessoas em 19 países (África do Sul, Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, França, Holanda, Índia, México, Noruega, Reino Unido, Suécia e Suíça).


No geral, 70% dos entrevistados LGBTQIA+ disseram que saíram durante o processo de contratação ou nos primeiros 12 meses após o início do trabalho. Apenas 10% saíram após o primeiro ano, e os 20% restantes permaneceram, ressaltando a importância de as empresas criarem culturas inclusivas desde o primeiro dia para todos os funcionários.


Nossa pesquisa descobriu que os funcionários LGBTQIA+ que estão trabalhando têm mais autonomia, se sentem à vontade para falar abertamente de sua sexualidade e fazerem amizades estreitas no escritório’, disse Gabrielle Novacek, diretora-gerente e sócia do BCG e coautora do artigo. ‘Acreditamos que isso, por sua vez, leva a uma formação de equipes mais produtiva e redução da rotatividade de funcionários’.


Variações geográficas notáveis


Embora, em média, quase um quarto (24%) das pessoas LGBTQIA+ pesquisadas em todos os países acreditem que estar trabalhando fora é uma vantagem profissional e 53% o considerem um fator neutro, quase um quarto (23%) veem sair como uma desvantagem no local de trabalho, com muitos se preocupando que isso seja um risco potencial para suas carreiras.



Além disso, existem variações marcantes entre os países. (Veja a Figura.) Na Austrália, por exemplo, 50% dos entrevistados LGBTQ+ veem o trabalho como uma vantagem, assim como 43% dos entrevistados nos Estados Unidos. Em contraste, 40% dos entrevistados LGBTQ+ no México e 36% na França consideram desvantagem para suas carreiras.


Desafios adicionais para grupos dentro da comunidade LGBTQIA+


Os resultados da pesquisa também lançam luz sobre os desafios que os funcionários trans e não conformes de gênero (TGNC) e mulheres LGBTQIA+ enfrentam ao fazer escolhas sobre estar no trabalho. Por exemplo, 74% dos entrevistados do TGNC relataram casos de discriminação contra 57% dos entrevistados LGBQIA+. E as mulheres LBTQ+ que estão fora relataram uma incidência 13% maior de assédio sexual do que seus colegas homens.


Caminhando pela caminhada


Oferecer um ambiente no qual os funcionários LGBTQ+ se sintam confortáveis em trazer seu verdadeiro eu para o trabalho desde o primeiro dia não é uma simples questão de lançar uma infinidade de novas iniciativas. As empresas precisam desenvolver um plano holístico para garantir que todas as fases da jornada de um funcionário durante o primeiro ano crítico reflitam e sejam moldadas por uma cultura diversa, justa e inclusiva.


O artigo descreve ações concretas que as empresas podem realizar ao longo do ciclo de vida do funcionário para incentivá-lo a se sentir confortável fora de casa. Para Elliot Vaughn, diretor-gerente e sócio sênior do BCG, líder global da Pride@BCG - a rede da empresa para LGBTQ+ colegas e aliados - e coautor do artigo, a boa notícia é que as empresas podem ajudar a garantir que os funcionários se sintam confortáveis trazendo sua identidade autêntica para o trabalho desde o primeiro dia.


‘A chave é promover diversidade, equidade e inclusão em todas as fases da jornada do funcionário. Essas ações sinalizam que a empresa está realmente fazendo o mesmo quando se trata de construir uma cultura inclusiva’.


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