Sete anos sem Marielle e Anderson: Justiça avança, mas luta continua
- Pimenta Rosa
- 27 de fev.
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Festival na Praça da Pira Olímpica reforça mobilização contra a impunidade e cobra punição dos mandantes

No dia 14 de março, a Praça da Pira Olímpica, localizada em frente à Igreja da Candelária, Centro do Rio, será palco, a partir das 17h, de mais uma edição do Festival Justiça por Marielle e Anderson, que marca sete anos da execução da vereadora Marielle Franco (PSOL/RJ) e do motorista Anderson Gomes. O evento reforça a luta por justiça e o fim da impunidade no caso que chocou o Brasil e o mundo.
Marielle e Anderson foram assassinados na noite de 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, logo após a parlamentar sair de um evento na Casa das Pretas, na Lapa. Marielle foi atingida por quatro tiros na cabeça e Anderson levou ao menos três disparos. Apenas a ex-assessora da vereadora, Fernanda Chaves, que também estava no veículo, sobreviveu ao atentado.
Após anos de investigação, os ex-sargentos da Polícia Militar Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram condenados pelo crime. Lessa recebeu a pena de 78 anos e 9 meses de prisão por ser o autor dos disparos, enquanto Élcio, que dirigia o carro usado na emboscada, foi condenado a 59 anos e 8 meses. Ambos também foram sentenciados a pagar uma indenização de R$ 706 mil para cada uma das vítimas.
A Polícia Federal (PF) concluiu que o assassinato de Marielle Franco está diretamente ligado à sua atuação política e foi encomendado para silenciá-la. A investigação aponta os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, além do ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, como os mandantes do crime. A delação premiada de Ronnie Lessa foi fundamental para a elucidação do caso, revelando que o grupo tinha interesses políticos e fundiários ligados a milícias que controlam áreas do Rio de Janeiro.
Apesar dos avanços nas investigações, os mandantes ainda não foram julgados, e a cobrança por punição continua. O Festival Justiça por Marielle e Anderson será um espaço de resistência, reunindo movimentos sociais, artistas e ativistas para exigir respostas e manter viva a memória da vereadora e do motorista.
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