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“Tirico e as Histórias de Morros e Fossos” emociona com poesia e reflexão sobre a infância no Teatro Municipal Domingos Oliveira

  • Foto do escritor: Pimenta Rosa
    Pimenta Rosa
  • há 17 minutos
  • 3 min de leitura

Espetáculo gratuito aborda o trabalho infantil com sensibilidade e celebra a imaginação em sessões acessíveis neste fim de semana, às 11h, na Gávea


Vídeo divulgação: João Zabeti

O Teatro Municipal Domingos Oliveira, na Gávea, recebe neste fim de semana (08 e 09) o espetáculo infantojuvenil “Tirico e as Histórias de Morros e Fossos”, com sessões gratuitas, às 11h. A montagem, de classificação livre, combina poesia, música e ludicidade para convidar o público a refletir sobre o trabalho infantil de forma sensível e poética, celebrando, ao mesmo tempo, a potência da infância e da imaginação.


As apresentações contam com recursos de acessibilidade — intérprete de LIBRAS, audiodescrição, materiais táteis e sensoriais —, reforçando o compromisso com um teatro inclusivo e democrático. O projeto é contemplado pelo edital Pró-Carioca Linguagens – Edição Política Nacional Aldir Blanc, da Prefeitura do Rio de Janeiro, e inclui oficinas, rodas de conversa e circulação por teatros e organizações sociais.


A premiada dramaturgia narra a história de Tirico, um menino que, após a morte do pai, precisa trabalhar em uma fazenda, mas mantém viva a capacidade de sonhar e brincar ao lado de seu amigo imaginário, Alecrim. Entre desafios e esperanças, o texto revela tanto as mazelas da exploração infantil quanto a força de resistência que nasce do brincar e da imaginação.


O teatro é uma ferramenta não apenas de lazer, mas de reflexão. Por isso, meus textos infantis tratam de temas importantes de forma leve, reconhecendo a criança como alguém capaz de compreender questões profundas. Tirico nasce das minhas próprias vivências e lembranças de infância: vi muitos ‘Tiricos’ ao longo da vida, cresci em um bairro que fica a uma hora do centro do Rio, e Alecrim representa meus amigos imaginários. Ele é mais do que um protagonista, é uma criança como todas já foram ou ainda são. Meu desejo é que o público enxergue nele um igual, alguém próximo, que brinca, imagina e, mesmo diante das injustiças, insiste em resistir”, destaca o diretor artístico Sylvio Moura.

Foto divulgação: Kaynã de Oliveira
Foto divulgação: Kaynã de Oliveira

Para o educador e produtor Caeu Grillo, a peça resgata elementos das culturas afro-brasileiras e indígenas, propondo uma “pedagogia brincante” como forma de resistência:


A musicalidade e a ludicidade são fundamentos das culturas afro-brasileiras e indígenas que vão se perdendo no nosso embrutecimento do dia a dia. Quando a gente canta, dança e brinca junto, há uma energia vital que circula e, além de contar uma história, traz leveza e segurança para abordar temas sensíveis e fazer as denúncias que precisam ser feitas. Procuramos trazer o tema do trabalho infantil a partir de uma pedagogia brincante, em que o brincar e o sonho são força vital, e o riso e a imaginação se tornam ferramentas coletivas de resistência e reexistência. É nosso dever, enquanto sociedade, salvaguardar as infâncias, sobretudo das nossas crianças pretas, pobres e periféricas, que estão mais vulneráveis às mazelas que a dramaturgia do espetáculo aborda.”

Além das sessões teatrais, o projeto oferece réplicas táteis de cenário e figurino para pessoas com deficiência visual e kits sensoriais para o público neurodivergente, com objetos de autoregulação, óculos escuros e abafadores de ruído. O transporte gratuito para ONGs e projetos sociais e a capacitação da equipe em acessibilidade atitudinal completam o compromisso do grupo com a inclusão.


Reconhecido por sua relevância artística e social, “Tirico e as Histórias de Morros e Fossos” já conquistou o Prêmio Ideias Criativas de Niterói (2021) — que originou a publicação de um livro — e o 2º lugar no Prêmio Dramaturgia Gonçalense (2022), confirmando a força e a sensibilidade de sua proposta.


Foto divulgação: Kaynã de Oliveira
Foto divulgação: Kaynã de Oliveira

FICHA TÉCNICA:

Direção Artística: Sylvio Moura

Elenco: Ana Nery, João Mabial, Nalui, Nini Peixoto e Pérola Acioly

Direção de Movimento: Reinaldo Dutra

Musicistas: Nitai Domingues e Crica Rodrigues

Preparação Vocal: Maíra

Figurino: Bea Simões

Visagismo: Nayamara

Cenografia: Flávia Coelho

Iluminação: Rafa Domi

Realização: Sarcômicos Cia de Arte

Produção: Caeu Grillo - Ímpeto Produções

Assistência de Produção: Cadu Silva e Me! Machado

Produção Executiva: Morgana Côrtes

Produtora de Acessibilidade: Fernanda Costa

Assessoria de Imprensa: Natália Vitória

Design Gráfico: Maíra Kirovsky

Social Media: João Zabeti

Fotografia: Kaynã de Oliveira

Apoio: COART-UERJ, Centro de Desenvolvimento Criativo Se Essa Rua Fosse Minha


Serviço:

Espetáculo: Tirico e as Histórias de Morros e Fossos

Dias: 8 e 9 de novembro (sábado e domingo)

Horário: 11h

Local: Teatro Municipal Domingos Oliveira – Gávea, Rio de Janeiro

Entrada gratuita

Classificação: Livre

Acessibilidade: intérprete de LIBRAS, audiodescrição, materiais táteis e kits sensoriais


 
 
 
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@2022 By Jornal Pimenta Rosa

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